Nayara Pereira
Conhecida como uma das cidades de destaque no agronegócio devido a grande produção de soja, milho e leite, Mineiros recebeu, nesta sexta-feira (10), a 7ª edição do Dia de Campo Goiás Mais Leite. O evento foi realizado na Fazenda Experimental Luiz Eduardo de Oliveira Sales (antigo IPAF) do Centro Universitário de Mineiros (Unifimes) e contou com a presença de mais de 530 pessoas. A realização foi da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em parceria com a Unifimes.
A 7ª edição do Dia de Campo Goiás Mais Leite, que desde 2013, utiliza a metodologia Balde Cheio comemora os bons ventos que eleva os lucros com a otimização da produção de quem tira o sustento por meio do leite. O presidente do Sistema Faeg e do Senar Goiás, José Mário Schreiner destacou a importância do evento para a população de Mineiros e região.
“A cidade de Mineiros tem uma particularidade, que é a forte parceria do sindicato, das empresas envolvidas, além do fundamental envolvimento da Unifimes, que além de contribuir com a formação profissional coopera para o desenvolvimento do município, e, em especial, com a produção do leite”, destacou José Mário.
Estudos
O engenheiro agrônomo e coordenador do campus experimental da Unifimes, Manuel Rodriguez Cabral, destacou, durante palestra, os avanços dos animais experimentais depois da implantação da metodologia Balde Cheio. “Estamos há um ano e meio com o Senar e conseguimos ver, claramente, os resultados alcançados por meio da metodologia”, ressalta.
A partir de uma série de estudos, o coordenador e os acadêmicos de agronomia, medicina veterinária e zootecnia analisam diariamente os processos desde a escolha do pasto até a produção final de leite. “Antes de implantarmos o Balde Cheio tirávamos 8,3 litros de leite por dia, hoje estamos alcançando 13,7 litros”, afirmou Manuel Rodriguez.
Exemplo que deu certoO produtor rural Antônio de Oliveira Filho, de 47 anos, aderiu à metodologia Balde Cheio há dois anos. Antes, trabalhava como pedreiro para ajudar na renda da família. Com esposa e duas filhas, morava na cidade, mas, em busca da casa própria e de um pedaço de terra, foi para o assentamento localizado próximo a Mineiros. “Para aumentar nossa renda trabalhava e continuei trabalhando como pedreiro enquanto minha esposa e filhas cuidavam dos animais no assentamento”, completou.
Hoje, a propriedade com 29 hectares, concentra uma produção de 140 litros diários de leite e o aumento de produção se deu graças ao projeto. “Tudo que fazemos gira entorno do programa, os avanços e a produção rendeu gradativamente nossa produção”, se alegrou.
Para o aumento da produção, Antônio fez uma análise com técnicos do Sindicato Rural, além da correção do solo e das adubações de base, orgânica e nitrogenada. Por fim, comprou também um tanque de expansão, silo para armazenagem de concentrado e, agora o quadro reprodutivo também faz parte da evolução na propriedade.
Hoje, a filha mais velha do “seu” Antônio - a jovem de 21 anos, Thayline Ferreira tomou gosto pela vida no campo e deixou de lado o desejo de fazer faculdade de jornalismo para se dedicar a Agronomia. A jovem já está cursando o 4º ano.
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