Assessoria de Comunicação da Faeg, com informações da CNA
Neste ano, o setor agropecuário liderou a economia brasileira, ao superar dificuldades conjunturais e a crise política. Prova de seu crescimento, é sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), de 21,5% para 23%, representando hoje 48% das exportações totais do país. Além disso, nos 10 primeiros meses deste ano ela gerou 50 mil novas vagas de emprego, enquanto os demais setores da economia cortaram 792 mil postos de trabalho.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o PIB do agronegócio terá crescimento ao final de 2016, de 2,5% a 3%, um resultado expressivo devido à recessão econômica enfrentada pelo país desde o ano passado. Na avaliação da CNA, a agropecuária deverá continuar crescendo em 2017, liderando o início da retomada econômica do país.
Balanço
Uma questão estratégica para o setor é a elaboração da Lei Agrícola Plurianual, que caminha contrária ao modelo em vigor, de programas anuais. Outro ponto a ser considerado é a instabilidade climática, que dependendo da região de plantio, terá menos influência na produção de grãos no próximo ano. Contudo, com planejamento a longo prazo, a agropecuária brasileira terá melhor desempenho e a classe média rural será fortalecida.
As vendas externas do agronegócio têm garantido seguidos superávits para a balança comercial brasileira. Em 2016, os produtos do agronegócio deverão garantir saldo comercial significativo ao país, cerca de US$ 72,5 bilhões. O grande avanço é a decisiva participação dos produtos do agronegócio nas exportações brasileiras. Prova disso, é que de janeiro a novembro deste ano, os 15 principais produtos do agronegócio representaram 38% do total das vendas externas do país.
Expectativa
Para o ano que vem, a perspectiva é de continuidade no crescimento do volume de exportações, com abertura de novos destinos para os produtos agropecuários e agroindustriais. O mercado global de commodities seguirá marcado pela cautela, relacionada à variação cambial e às incertezas políticas mundiais. A combinação desses fatores poderá influenciar a dinâmica e o fluxo do comércio global, criando desafios e oportunidades para o produtor rural brasileiro.
Nesse cenário, o Brasil tem alguns caminhos a seguir, como:
Construir uma ampla rede de acordos preferenciais de comércio, que garantam a abertura novos mercados e manutenção daqueles já consolidados;
Atrair investimentos, especialmente voltadas aos elos da cadeia produtiva da agropecuária, que possam agregar valor aos produtos exportados;
Promover a qualidade do modelo produtivo brasileiro e os requisitos de sustentabilidade cumpridos pelo setor, com objetivo de suprir a demanda de uma sociedade cada vez mais exigente e consciente dos desafios ambientais do planeta.