Produtores fazem homenagem aos instrutores do Senar Goiás pelo Dia do Professor. Desempenho dos agentes educacionais participantes do Programa Agrinho também é destaque na educação goiana
"Ele tem habilidade e maestria em nos conduzir para uma prática agradável com os animais", elogia a pecuarista Adenísia Garcia. "Ele vai além. Consegue captar o aluno e mudar suas atitudes. Sempre transmite com facilidade teoria e novas práticas", acrescenta a professora aposentada e também pecuarista Zilany Batasan. As produtoras rurais expressam a admiração pelo trabalho do instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), Alexandre Rui Barbosa. O zootecnista é uma referência em bem-estar e comportamento animal. Ele faz parte da equipe de instrutores da maior escola da terra. Sua atuação foi carinhosamente reconhecida pelos produtores rurais, em homenagem ao Dia do Professor.
Os instrutores formam um competente grupo de profissionais multidisciplinares dedicados a arte de ensinar. São engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas, artesãos, pedagogos, zootecnistas, entre outros, que atuam como agentes educacionais especializados no universo do agro. O grupo presta serviços ao Senar e, diariamente, cruza as estradas que interligam os 246 municípios goianos, com objetivo de promover a formação profissional rural, a promoção social e o ensino técnico direcionados ao homem do campo.
"Eles desempenham um papel fundamental nas atividades da instituição", afirma o gerente de relacionamento institucional do Senar Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima. "São educadores eficientes, com ampla capacidade de compartilhar conhecimento e de dialogar construtivamente com os sindicatos rurais, os produtores e os participantes dos cursos. Eles lidam com o aluno e visitam in-loco as propriedades que abrem suas porteiras para receber os treinamentos do Senar", reforça o executivo.
Antônio Flávio lembra que em 1993, o primeiro ano de atividades do Senar, a regional Goiás foi a pioneira a criar e executar cursos gratuitos de capacitação para os trabalhadores do campo. "Começamos com os treinamentos de bovinocultura e operação de tratores agrícolas, nos municípios de Ceres e Rialma", recorda o gerente. O sucesso das aulas a céu aberto faz história até hoje. Foram 72 treinamentos realizados nos primeiros 365 dias de atividades do Senar Goiás. O aumento no portfólio de temas acompanhou o ritmo de crescimento da agropecuária goiana. Só no ano passado, cerca de 553 mil pessoas foram beneficiadas pelos programas, cursos, treinamentos, ações e eventos do Senar. "Muitos instrutores construíram carreira no Senar. Lembro do Alderi Cavalcante, da área de bovinocultura", indica Antônio Flávio.
O médico veterinário, Alderi Cavalcante, resgata com emoção os 24 anos de carreira dedicados à instrutoria. "Entrei no Senar em 1995 e sai em 2018, aos 75 anos. Foi um prazer e uma honra muito grande. Tive a oportunidade de ministrar 945 treinamentos e fazer parte da trajetória de mais de 10 mil alunos", contabiliza com carinho, Alderi. Ele afirma que lecionar é um dom, uma profissão gratificante e cheia de surpresas. Para o médico veterinário, ser instrutor é saber passar orientações técnicas e práticas. "É ensinar a fazer o certo sempre", enfatiza o professor.
Para o zootecnista Alexandre Rui, a satisfação do seu ofício está em mudar atitudes e a vida das pessoas. "O Senar é fundamental para quem está no campo porque, em geral, a maioria dos trabalhadores rurais não teve oportunidade de frequentar uma instituição de ensino porque estava trabalhando. Cresci nesse meio. E, sinto orgulho em mostrar ao aluno que aquele treinamento é uma oportunidade de melhorar sua qualificação enquanto profissional e sua renda", frisa o instrutor. "Minha função é ir até o aluno, levar e distribuir o máximo de conhecimento sobre os temas da minha especialidade", diz.
Segundo o educador, o segredo das suas aulas é ser claro e dar liberdade para os alunos tirarem suas dúvidas. "Ensino as pessoas a respeitarem o comportamento animal e vice-versa, colaboro para que elas tenham uma vida melhor e eles também, com mais segurança e sustentabilidade social", registra Alexandre.
Credibilidade e resultados
A professora aposentada e também pecuarista Zilany Batasan é viúva e administra sozinha sua propriedade em Caçu, a 330 quilômetros de Goiânia, onde cria 800 matrizes de gado nelore. Acostumada com as etapas do processo de ensino-aprendizagem nas escolas tradicionais, ela ressalta o valor das lições trazidas por Alexandre Rui Barbosa. "Reduzimos os acidentes com os animais e protegemos melhor a integridade física dos profissionais da fazenda", aponta. "Participo do sindicato rural e há quatro anos só contrato profissionais que tenham feito o treinamento do Senar de Manejo Racional de Bovinos, com o Alexandre. Eu faço questão de levar a equipe até as fazendas próximas quando há novos cursos".
Já a pecuarista Adenísia Garcia atua com os pais na propriedade da família, em Serranópolis, a 370 quilômetros da capital. Eles criam 1.200 animais, IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), das raças Nelore e Angus. Ela destaca a contribuição técnica do professor no manejo e no desempenho dos índices zootécnicos, além da sensação de bem-estar e conforto para os animais, os homens e as mulheres na lida no campo. Assim como as produtoras, o Senar Goiás também tira o chapéu para o desempenho dos instrutores da instituição e os professores brasileiros. Parabeniza cada educador por sua contribuição individual para os avanços sociais no campo e na cidade.
Honra ao mérito aos Professores defensores do Agrinho
O Senar Goiás aproveita a data para cumprimentar os agentes educacionais, que participam do Programa Agrinho, pelo Dia do Professor. O programa é a maior ação de responsabilidade social e educação do Sistema Faeg Senar. Em 12 anos de trajetória em Goiás, o Agrinho também chegou aos 246 municípios goianos, com participação de dois milhões de pessoas, entre alunos e aprendizes, familiares e comunidade envolvida nas ações. A perenização do Agrinho nas instituições de ensino se transformou em realidade através do empenho individual de 100 mil professores e demais colaboradores das mais de 12 mil instituições de ensino impactadas, direta e indiretamente.
Esse programa conquistou espaço no currículo pedagógico das instituições de ensino por meio de projetos muito interessantes, a exemplo da Horta Sustentável: Plantando Saúde e Colhendo Sustentabilidade. A iniciativa foi criada pela professora Sandra Maria Costa, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI Dona Brechô, extensão Tereza Jardim de Aquino), no município de Paranaiguara. A professora conseguiu, mesmo em meio à Pandemia da Covid-19, incentivar pais e crianças de 0 a 3 anos a cultivarem hortas sustentáveis em suas casas.
Apaixonada por sua profissão, a pedagoga formou-se em 2018 e também cursou licenciatura em Letras. Sandra começou a lecionar em agosto de 2019 e explica que identificou no Agrinho a oportunidade para levar temas importantes para a vida dos pequenos. "A horta sustentável é simples e pode ser feita por qualquer pessoa. Visa conscientizar a criança sobre a relevância da alimentação saudável, incentivando a economia de água e o plantio com adubos orgânicos e fertilizantes naturais", conta. O projeto é fácil de ser reproduzido, tanto que a horta ganhou espaço nas casas e na vida dos pequenos, em tempos de isolamento social. E, professora segue feliz em ter incentivado uma nova forma de pensar a relação com a terra, a água e os alimentos. Parabéns a todos os professores do Agrinho!
Comunicação Sistema Faeg/Senar