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Leite é tema de seminário que lota auditório de Ceres

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ceres publicoTodos os 340 lugares do Centro Cultural de Ceres ficaram ocupados com produtores rurais, técnicos e, principalmente, estudantes de Agronomia, Zootecnia e Técnicos em Agropecuária e Meio Ambiente do Instituto Federal Goiano para participarem da oitava rodada dos Seminários Regionais de Pecuária de Leite, o 4º Goiás Leite.

O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, ressaltou, durante a abertura oficial do evento, na manhã desta quinta-feira (15), a importância da informação e da transferência do conhecimento por meio da assistência técnica como a melhor opção de se melhorar a renda, a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico das famílias rurais. Ele falou que, de acordo com dados do IBGE analisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 80% de produtores rurais fazem parte da Classe de renda D/E, produzem 15% do Valor Bruto da Produção (VBP) e possuem renda negativa.

José Mário apresentou dados do Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Leite de 2009 e que preocuparam o setor. No total, 82% dos pecuaristas de leite de Goiás não possuem assistência técnica. Segundo ele, os produtores precisam de orientação técnica para produzir mais e essa é uma responsabilidade de todos, inclusive, dos alunos presentes. “Esse é um problema a ser enfrentado por nós. Por isso continuamos firmes na nossa luta, porque muitas pessoas nessa Classe precisam da gente. E o Sistema Faeg/Senar está fazendo sua parte com os cursos, treinamentos e programas como o Balde Cheio”, ressaltou.

ceres marioPara José Mário, a assistência técnica melhora a produção agropecuária e faz com que os produtores melhorem sua renda e migrem de Classes de renda. Ele ainda disse que o objetivo dos cursos e treinamentos realizados pelo Senar é mudar a vida das pessoas para melhor e afirmou que podem continuar contando com o Sistema Faeg/Senar para que essa melhoria ocorra. José Mário ainda reforçou a confiança na classe produtiva e no Estado de Goiás.

Ainda na abertura, o gerente de Desenvolvimento Rural de Ceres, Eder Moises Leite Santos, representou a prefeita Maria Ines do Rosário Brito, cumprimentou os presentes e afirmou a parceria da prefeitura com os produtores rurais e com o evento. Ele justificou a ausência da prefeita e disse que se o motivo foi uma reunião em Brasília para tratar de detalhes para implantação no município do curso de graduação em Medicina. Marcus José Passos, presidente do Sindicato Rural de Ceres, foi breve, agradeceu a presença dos produtores rurais e os parceiros Emater, Agrodefesa.

Balde Cheio

O instrutor do Senar Goiás e coordenador do programa Balde Cheio, Carlos Eduardo Freitas, encerrou os trabalhos do dia com a palestra: Programa Balde Cheio Como Ferramenta de Gestão do Produtor. Ele explicou o funcionamento do programa realizado pelo Sistema Faeg/Senar com visitas de produtores e de técnicos às unidades demonstrativas. Além disso, abordou temas relacionados à gestão da propriedade. Apresentou algumas ferramentas do programa utilizadas e que são disponibilizadas pela pesquisa para serem aplicadas na assistência técnica aos participantes.

Carlos falou da importância da fertilidade do solo, manejo e anotações de identificação, período fértil e produtividade dos animais. “O produtor rural participante precisa querer melhorar sua administração e para isso é preciso anotar tudo dentro da atividade. Sem os dados não há o que o técnico fazer na propriedade”, explicou.

Caso de Sucesso

ceresPara ilustrar o funcionamento do Balde Cheio e de como a orientação melhora a vida do produtor rural, José Roberto (Foto ao lado com o Instrutor Carlos Eduardo Freitas), de Rubiataba, participante do evento, subiu ao palco e deu o seu depoimento como assistido pelo programa. Ele disse que ficou muito interessado em ser atendido, falou das dificuldades no início e elogiou o técnico, Silvano Rodrigues, responsável no acompanhamento da gestão da propriedade dele e de outros 14 pecuaristas. “Estou muito satisfeito e pretendo dar continuidade ao acompanhamento do Balde Cheio para chegar a minha meta de 600 litros de leite por dia”, disse. Em apenas oito meses e com as mesmas 24 vacas, José Roberto aumento a produção de leite de 147 litros por dia para 310, com alguns picos de 390 litros/dia.

O primeiro palestrante do dia foi o veterinário da Embrapa Gado de Leite, mestre em fisiopatologia da reprodução e doutor em ciência animal, Antônio Cândido. Ele falou sobre sanidade animal e dos problemas da brucelose e tuberculose no rebanho. Lembrou que o rebanho infectado traz grandes perdas econômicas ao produtor. “A produção de leite diminui de 20% a 25% por conta de uma das doenças”, diz. Ele acrescenta que é preciso ter cuidado no momento da compra de animais. “Se a tuberculose ou brucelose entrar na propriedade, dificilmente ela vai sair”, analisa. Em Goiás, 1,7% do rebanho está infectado com uma das doenças. “Um número considerado alto, se for analisar a quantidade de animais no estado.”

Dando sequência à programação do evento, a zootecnista Rosângela Zoccal, mestre em produção animal e pesquisadora da Embrapa há 28 anos, falou sobre o tema Gestão da Atividade Leiteira.

Segundo a palestrante, os produtores erram em algumas etapas da produção e a palestra serve para alertar sobre o quanto cada erro pode significar no custo de produção. “Animais muito bons e a falta tem comida adequada é um erro grande. Não se preocupar muito com a parte da reprodução e da qualidade são outros pontos que destaco”, disse Zoccal.

Para Rosângela, a atividade leiteira é cheia de detalhes e os produtores precisam anotar e acompanhar todos os indicadores zootécnicos e econômicos. Ela citou alguns, tais como o que se gasta com a saúde e alimentação do rebanho, números de vacas em lactação, intervalo entre partos, o que se recebe, além do custeio, remuneração, depreciação, custo de oportunidade, entre outros. A palestrante apresentou exemplo de valores perdidos pelo produtor com base na diferença entre o intervalo de partos de vacas de 12 e 18 meses. “Apenas esse índice demonstra que, em alguns casos, o produtor está pagando diária de hotel fazenda para a sua vaca, ao contrário de usá-la como produtora de leite e bezerros”, exemplifica.

O evento também promoveu palestras técnicas curtas direcionadas à atividade leiteira e de interesse ao produtor rural com o assistente técnico Tortuga, Sérgio Cariolando Nunes e o assistente técnico da Dow AgroSciences, Gabriel Gurian. Ao final, brindes dos patrocinadores foram sorteados ao público.

Fotos: Larissa Melo

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