Nayara Pereira
“O Brasil exportará em 2016 cerca de 56 milhões de toneladas de soja”, apresentou o consultor de mercado e analista da Bolsa de Chicago, Pedro Dejneka, em mais uma edição do Seminário de Comercialização de Grãos, realizado nesta quinta-feira (21), na cidade de Goiatuba. O evento, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) em parceria com os Sindicatos Rurais (SRs), visa levar aos produtores goianos do estado, informações sobre o mercado de grãos e as potencialidades da produção.
Em sua afirmação, Dejneka destaca que mesmo com as atuais dificuldades econômicas e políticas que o Brasil vem enfrentando, as exportações se manterão altas em 2016, chegando a atingir valores entre 55 a 57 toneladas. “O Brasil é o protagonista do mercado mundial, mesmo com todas as dificuldades que temos, a safra de soja se manterá e terá um leve aumento em 2016. Mesmo com a alta do dólar, os produtores conseguiram se planejar e antecipar suas compras”, disse. Além disso, destacou também que os estoques globais de grãos em 2016 serão os maiores dos últimos 29 anos.
O produtor Paulo Cardoso, de Goiatuba, antecipou a compra de insumos e defensivos, antas da alta do dólar e conseguir equilibrar sua plantação de cerca de mil hectares de soja. “Analisando todos os fatores, o impacto foi benéfico. Antecipei e aproveitei essa alta por conta dos valores. A preocupação é com a próxima safra, já que tudo estará alto”, destacou.
Buscando se atualizar, Paulo foi ao Seminário de Grãos, para ouvir do consultor as perspectivas dos grandes players mundiais, como Estados Unidos e a Chuna. “Costumo observar as análises feitas pelo Pedro, inclusive buscar sempre informações dos grandes mercados sobre os preços das commodities”.
Previsão para Goiás
De acordo com o vice-presidente da Faeg, Bartolomeu Braz que deu as boas-vindas aos produtores presentes, destacou que a produção de soja da safra 2015/16 deve chegar a 9,8 milhões de toneladas, um aumento estimado de 13,9% em relação a passada. “Estimamos uma área plantada de 3,35 milhões de hectares cultivados, praticamente a mesma da anterior”, disse.