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Colheita do milho safrinha preocupa produtores em Jataí

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joel

Com o período do plantio designado para até o fim do mês de março, o cenário na região de Jataí, nas grandes lavouras de milho, exige cautela dos produtores nas chamadas segundas safras. De acordo com produtores, o clima e o mercado são fatores determinantes para o desenvolvimento desses grãos a partir de agora. Os gargalos sobre o plantio foram apresentados durante o ‘Fórum de Comercialização e Mercado Agrícola 2017’, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) nesta quarta-feira (1º), em Jataí. Atualmente, o município lidera o ranking de maior área de milho safrinha do Estado, com uma área plantada de 220 mil hectares, produzindo em média mais de um milhão de toneladas, sendo considerado também um dos maiores produtores de milho safrinha do País.

Joel Ragagnin, produtor de milho safrinha em Jataí, afirmou que não terá problemas com a safra, pelo fato dos trabalhos de colheita terem começado de forma antecipada, mais precisamente em fevereiro. Ele plantou cerca de dois mil hectares de milho safrinha. De acordo com Joel, a expectativa é colher cerca sete mil quilos por hectares. “Nosso milho foi plantado antecipado, até mais cedo que em outros anos, por isso espero que até o dia 20 de março os trabalhos de plantios já estejam concluídos. Ficaremos dentro da janela recomendada, portanto, teremos uma excelente safra”, explicou entusiasmado.

Quando questionado sobre o volume de produção do milho safrinha no Estado e até mesmo no Brasil, Joel diz que a perspectiva de venda é positiva. Ele acredita que será possível colher bem mais do que o ano passado. “Comparado com o ano passado, em que as quebras foram bem grandes em nossa região, espero que seja um ano melhor, com uma produtividade em alta”, sinalizou.

Baixa comercialização

Em contrapartida, o produtor Valdecir Sovernigo acredita que neste ano a safra será diferente, já que o nível de comercialização está abaixo do esperado. “A minha esperança é que o clima esteja favorável para o plantio, para que possamos ter uma boa comercialização do nosso produto. Mas nesta safra será diferente, porque o nível de comercialização está baixo. Nós temos um caminho longo a percorrer, porque os preços caíram, o dólar está achatado. Portanto, sem uma reação significativa do dólar a tendência do milho é colher pouco ou quase nada”, destacou.


seundo produtorValdecir contou que apesar de ainda estar no início do plantio, a expectativa é plantar cerca de 1,5 mil hectares de milho safrinha. Mas pelo fato de não ter se preparado para o futuro, ele diz estar temeroso com o mercado. “Temos que ter paciência e cautela para ver o que o mercado irá nos proporcionar daqui para frente, até a colheita. É preciso observar se irão ocorrer algumas modificações daqui para frente, porque nossa atividade é uma indústria a céu aberto. Existem muitos gargalos, como exemplo o clima e o mercado -, então, é preciso acertar o ponto correto para fazer nossa comercialização”, avaliou.

vlamirPosicionamento

O consultor de mercado agrícola, Vlamir Brandalizze, que palestrou durante o Fórum, ressaltou que Jataí é um município privilegiado, pelo fato de ser um dos maiores produtores de grãos, soja e milho, do Estado. “Jataí tem avançado muito, porque sua demanda é maior do que a regional, pelo fato de existirem indústrias no setor. Por outro lado ela ainda é muito carente na área de exportação, então, o produtor precisa melhorar sua produtividade para atingir melhores resultados”, pontuou.

Sobre os gargalos que o município enfrenta em termos de produtividade, Vlamir sinaliza que a produção está carente na área de exportação e que o produtor precisa também melhorar sua produtividade para atingir limites maiores, já que tem potencial para isso. Outro ponto considerado importante é a comercialização do produto. “O produtor precisa se informar para ter uma comercialização entre 30% a 40% antes da safra. O mercado fornece isso para o produtor durante o ano. Então, é preciso observar as oportunidades para começar a fazer fechamento futuro e garantir renda”, afirmou.

Colheita e comercialização

presidente sr

O presidente do Sindicato Rural (SR) de Jataí, Ricardo Peres, espera que as discussões trazidas para o Fórum ajudem o produtor a se preparar para o início da safra. “O nosso trabalho, juntamente com a o da Faeg e o Senar, tem trazido grandes benefícios ao produtor rural, que geralmente faz muito bem seu trabalho da porteira para dentro, porém quando faz da porteira para fora ainda tem dificuldade em comercializar. É importante que o nosso produtor saiba o que fazer com a comercialização de nossos grãos, para contribuir com o aumento da safra”, sinalizou.

jose marioPotencial agrícola

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, destacou o potencial agrícola do Brasil, que segundo ele, está à frente em termos de segurança alimentar. “Precisamos nos posicionar no mercado agropecuário. Afinal, podemos ser o maior País agrícola do mundo, porque temos gente, conhecimento e terra para isso. O Brasil que dá certo é o Brasil rural”, destacou.

Ele também sinalizou a importância em produzir mais em Goiás, estimando que a próxima safra aumente 20% da sua produção. Para Schreiner, quanto mais produto processado, maior será a exportação por alimentos. “A demanda por alimento está em expansão nos mercados interno e externo e os preços dos produtos agrícolas estão em ascendência, isso com certeza estimulará nossa produção em Goiás, e fará com que nossa demanda mundial por alimento e por produção seja cada vez maior”, finalizou.

Texto: Nayara Pereira e Juliana Barros

Fotos: Larissa Melo

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