O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, quarta-feira (02), de forma unânime, em sua primeira reunião do ano, elevar a taxa Selic de 9,25% para 10,75% a.a. A alta de 1,5 ponto percentual na taxa de juros que já acumula sua oitava alta consecutiva, não surpreendeu o mercado que já esperava a nova alta.
A decisão do Copom tem como fundamento a tentativa de controlar a inflação, que vem registrando sucessivas altas, atrelado com o cenário externo e a nova onda de covid-19 provocada pela variante ômicron.
Com a nova alta, a taxa Selic alcança agora dois dígitos, movimento que foi visto pela última vez em maio de 2017, quando os juros eram de 11,25%, como consequência o dólar tem operado em alta nesta quinta-feira (03).
Embora o novo aumento de 1,5 p.p na Taxa Selic, seja percebido como conveniente no que tange a rentabilidade do mercado de renda fixa interno e tendem a ser um ponto a favor do fluxo de capital estrangeiro no país, a consequência mais direta para o agro é a elevação no custo de capital. Com o crédito mais caro, o produtor poderá sentir um peso maior dos juros sobre os financiamentos e empréstimos tomados no mercado. Ao mesmo tempo, o dólar tende a cair no longo prazo quando há altas nos juros, o que pode suavizar os custos com insumos. Portanto, o produtor deve ter cautela e fazer as contas quando da necessidade de adquirir algum financiamento, seja de custeio ou investimentos.
Comunicação Sistema Faeg/IFAG