Michelle Rabelo
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, esteve, na manhã desta sexta-feira (25), no Fórum de Cidadania e Segurança Pública, onde destacou a situação da zona rural, que “não está imune a atual onda de violência”. Ele alertou que o meio rural vem, atravessando um momento de fragilidade, visto que com fechamento do cerco contra os bandidos nas grandes metrópoles, esses meliantes estão indo cada vez mais para o campo.
“A situação fica ainda mais grave devido ao isolamento dos produtores, que vivem em locais distantes das delegacias e até mesmo de vizinhos”, disse Schreiner. Na ocasião, também foram discutidas, além da segurança pública no geral, formas de diminuir a criminalidade na região fronteiriça do país, o que acaba, mesmo que indiretamente, envolvendo o campo.
O evento, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), contou com a presença, entre muitos nomes, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; do governador de Goiás, Marconi Perillo; do presidente da Comissão de Justiça e Cidadania da Câmara, deputado federal Artur Lira; e dos secretários de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, José Maria Beltrame; de São Paulo, Alexandre de Moraes; e de Goiás, Joaquim Mesquita.
Na ocasião, Marconi Perillo explicou que o governo já trabalha com foca em quem mora fora da cidade. “Já criamos o Comando de Patrulhamento Rural e seguimos trabalhando com a participação dos Sindicatos Rurais (SRs) e da própria Faeg. Ocorre que precisamos de mais recursos federais para que possamos melhorar ainda mais. Em 2013, de todo o investimento feito para segurança do cidadão, o governo federal entrou com R$ 1 bilhão, e nós, governadores, com R$ 43 bilhões. Está errado”.
Para Schreiner, eventos como esse, são de extrema importância, já que envolvem temas como a proteção das fronteiras, por onde entra drogas e armas. “Venho discutindo com o governo estadual a liberação de mais investimentos para essa área, por meio de patrulhas rurais, de mais infraestrutura para a Delegacia de Crimes Rurais e para a criação legal do Batalhão Rural. É claro que todas essas ações dependem de investimentos e recursos públicos, por isso, precisamos trabalhar diuturnamente”.