Em comemoração à Semana Brasil Livre da Febre Aftosa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), participou na terça-feira, 3 de abril, juntamente com o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Governo de Goiás de cerimônia de consolidação do Brasil como País livre da Febre Aftosa com vacina, título concedido pela Organização Internacional da Saúde Animal (OIE). A solenidade que contou com a presença do vice-presidente Institucional da Faeg, Eduardo Veras e do diretor executivo do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Edson Novaes, ocorreu no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO).
Há 11 anos não há registro de ocorrência de aftosa no Brasil. Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o processo de erradicação da doença finalizou-se nacionalmente com a declaração de novas zonas livres da febre aftosa com vacinação no Amapá, Roraima, em grande parte do Amazonas e em áreas de proteção do Pará, o que ocorreu no início de dezembro de 2017. A expectativa do Ministério da Agricultura é que o País seja reconhecido pela OIE como livre da aftosa com vacinação em maio deste ano. O Brasil intensifica, a partir de agora, os esforços para ser declarado livre da aftosa sem vacinação até 2023.
Em Goiás, onde o último foco de febre aftosa foi registrado em 7 de agosto de 1995, segundo informações da Agrodefesa, a vacinação de bovinos e bubalinos prossegue. Na primeira etapa de vacinação, em maio, são vacinados no Estado todo o rebanho, a partir do 1º dia de vida e na etapa de novembro, a vacina é aplicada em bovinos e bubalinos com até 24 meses. Analista técnica do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Christiane Rossi afirma que uma das primeiras medidas e mais importantes para que o Estado esteja há décadas sem notificação de ocorrência da aftosa foi o entendimento da importância de se ter ações para combate à doença que no passado colocava Goiás em situação crítica, por se tratar de uma zoonose.
Outra justificativa foi o fato da economia goiana ser baseada na agropecuária, e, com o registro da doença, o acesso a vários países importadores de carnes era restrito. Segundo a analista, a principal ação para o fim das ocorrências foi a união entre todos envolvidos no setor e o estabelecimento de ações diretas para controle da doença onde cada agente, sejam instituições públicas ou do setor privado, definiu seus respectivos papéis e atuou efetivamente.
Texto: Assessoria de Comunicação da Faeg
Foto: Edson Novaes