A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag) apoiam a campanha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para garantir que o Brasil continue livre da doença da Vaca Louca. Juntamente com as comissões das federações e demais núcleos, o Mapa tem realizado várias medidas e ações conjuntas para manter o país livre da doença. O intuito é dar continuidade ao comércio internacional de produtos e subprodutos de ruminantes, contanto também com a ajuda de produtores de Goiás.
De acordo com a analista técnica da Faeg e do Ifag, Christiane Rossi, a ação é um maneira preventiva de continuar garantindo ao produtor rural a não ocorrência desta doença, evitando que ele seja penalizado. “Precisamos continuar adotando medidas preventivas contra esta doença, mantendo o país livre da Vaca Louca”, explica.
Segundo o auditor fiscal federal agropecuário do Mapa em Goiás, Hélvio Queiroz dos Santos, o objetivo das ações do Ministério é esclarecer o pecuarista sobre o uso correto e cuidado sanitário com a cama de aviário ou outros produtos que contenham farinha de carne e ossos. Ele ressalta que o uso da cama tem outras finalidades como, por exemplo, a adubação química. Mas, para alimentação de ruminantes é totalmente proibido pelo ministério. “O Brasil nunca registrou caso típico ou clássico da doença, que é de grande risco à saúde pública. Por isso, em um momento em que a agropecuária está tão fragilizada, após sucessivos desgastes, é necessário tomar todas as medidas preventivas para garantir que o país continue livre da doença da Vaca Louca”, enfatiza.
Doença
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença histórica da bovinocultura mundial, com sérias implicações na saúde pública por se tratar de zoonose fatal. O Mal da Vaca Louca já foi diagnosticado em países da Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte, acarretando uma série de prejuízos à pecuária daqueles países. O Brasil nunca registrou caso típico ou clássico da doença, que é de grande risco à saúde pública.
A doença é causada por uma proteína infectante chamada de Prion. Sua principal forma de transmissão é por alimento contaminado que contém algumas proteínas e gorduras de origem animal, como farinha de carne e ossos procedentes de animais doentes. Por isso, o pecuarista deve adquirir somente produtos de origem animal fabricados sob inspeção sanitária. Para afastar o risco de doenças para os animais e para o homem.
A cama de frango, quando utilizada para alimentação de ruminantes, pode ser um meio de transmissão da doença. Por isso, a Instrução Normativa nº 41 de 2009 determina que os ruminantes flagrados com a doença devem ser identificados e o proprietário do rebanho tem até (30) dias para providenciar o abate dos mesmos. Caso contrário a destruição será realizada por fiscais estaduais ou federais. Nesse momento o proprietário não receberá nenhuma indenização e arcará com os custos da destruição. Poderá ser determinado ainda o pagamento de multa de R$ 500 a 2 milhões e reclusão do infrator de um a quatro anos de prisão, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, por fornecer produtos nocivos à saúde pública e ainda de acordo com o Código Penal, por difundir doença que possa causar dano aos animais, propagar doença contagiosa e crime ambiental.
Sintomas da doença
A doença acomete o sistema nervoso dos bovinos e do homem, causando mudança de comportamento, andar cambaleante, paralisia e sempre leva à morte. Se fosse introduzida no país, levaria à perda de bilhões de dólares pela restrição de exportações de carne e de outros produtos bovinos, além da queda no consumo interno de alimentos à base desses produtos. Para mais informações acesse o link http://bit.ly/2sUdZd1. Denúncias e esclarecimentos ligue 0800-7041995 do Mapa ou 0800-6461122 da Agrodefesa.
Mapa, com informações da Assessoria de Comunicação da Faeg