Laryssa Carvalho
Assim como as frutas são importantes para o melhor funcionamento do organismo, para o agronegócio elas são fundamentais, já que representam uma oportunidade econômica como poucas. Cada vez mais a produção de frutas vem mostrando suas potencialidades, e foi pensando nisso que a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), deu início nesta quarta-feira (7) ao 1º Encontro Goiano de Fruticultura. Falando sobre a importância da defesa sanitária na cadeia produtiva de frutas no estado, o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Arthur Toledo, foi enfático ao afirmar que a fiscalização com cunho sanitário vem para ajudar e não para punir o produtor.
Arthur ressaltou o trabalho de inspeção sanitária realizada pelo órgão. “Nós fazemos essas vistorias em função de estudos, visitamos periodicamente as propriedades que podem apresentar eventuais pragas. Para isso, a Agrodefesa conta com um quadro de 229 agrônomos” explica Toledo.
Na ocasião ele também destacou que atentar-se aos cuidados com a qualidade da produção pode influenciar diretamente no resultado final, ou seja, na hora de colher os frutos do trabalho duro. “Muitos produtores enxergam as visitas da Agrodefesa com algo prejudicial, mas na verdade o produtor que pretende crescer e consegue entender que o consumidor final está cada vez mais exigente, vê na visita uma possibilidade de melhorar” expõe o presidente.
Durante o evento, ainda são debatidos gargalos ligados à cadeia produtiva e palestras que visam orientar o produtor sobre cuidados que vão desde o plantio até a hora de embalar o produto. Nos dois dias, a Faeg também será palco do 13º Seminário de Cutricultura Goiana.
Unidos somos mais fortes
Sobre a união entre os elos produtivos do setor, o presidente da Agrodefesa reafirma algo que os produtores têm visto cada vez mais. “A boa comunicação entre sindicatos, Agrodefesa, Federação, associações, cooperativas e produtores rurais, fazem muita diferença. Quando há uma comunicação eficaz todos ganham e a prova disso é um setor que tem crescido cada vez mais e enchido todos, dos mais diversos elos, de orgulho” enfatiza Arthur Toledo.
Visto com bons olhos
Para o instrutor da área de Fruticultura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goias), Fernando Domingues, a inciativa é vista com bons olhos. “Eu acompanhei todas as palestras ao longo do dia e acho que medidas como esta impulsionam ainda mais esse setor que só tem mostrado seu enorme potencial”, enfatiza Fernando.
Quando questionado sobre sua participação no segundo e último dia, o instrutor não hesitou. “Eu virei com certeza. Foi muito esclarecedor e muitos questionamentos que nós ouvimos durante os cursos de fruticulturas foram esclarecidos aqui, entretanto para uma plateia muito maior” conta Domingues.
Encerramento
Para finalizar a maratona de palestras que recheou o evento no período matutino, o diretor da AbraFrutas, Jorge Souza; a pesquisadora da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Wilma Bacelar e o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo, integraram o debate mediado pelo presidente da Comissão de Fruticultura da Faeg, Wagner de Barros.
Para o presidente da comissão, investir nos cuidados com a produção torna a atividade mais rentável ao produtor. “É importante lembrar que ao realizar as medidas sanitárias adequadamente o produtor irá evitar que pragas se alojem em sua produção, então, quando ele deixa de tomar os cuidados necessários, com certeza vai sofrer com o aumento dos gastos para conter esses invasores” explica Wagner.
Barros explica também como seriam essas medidas consideradas sanitárias, na prática. “Então, temos várias medidas que podem ser definidas como medidas de defesa sanitária, entre elas estão: utilização de mudas que são produzidas em viveiros certificados e autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agrodefesa, opção por maneiras mais adequadas ao controle da produção através de uma assistência técnica, no caso de uma agrônomo que seja capacitado para determinada fruta cultivada, além da utilização dos defensivos que sejam também normatizados e aprovados de forma correta” orienta.
Por fim, Wagner deixa um recado ao produtor de fruticultura. “Nós, da Faeg, acreditamos que informação é tudo e por isso nos esforçamos cada vez mais em levar as informações de forma clara e imediata ao produtor. Iniciativas como esta que a Federação realiza são muito importantes também para mostrar que estamos disponíveis para auxiliar o produtor”, esclarece o presidente.