O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), é a principal referência para o reajuste de alugueis e tarifas públicas como energia elétrica. Fundos imobiliários também remuneram com base neste índice. 60% do IGP-M é formado pelos preços no atacado para produtores. Esses 60% também são conhecidos como IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). 30% é formado pelos preços no varejo para consumidores e também são conhecidos como IPC (Índice de preços ao consumidor). Os 10% restantes observam os preços na construção civil e são conhecidos como INCC (Índice Nacional de Custo de Construção).
Sendo assim, a alta acumulada pelo IGP-M nos últimos 12 meses merece atenção. A FGV divulgou nesta sexta-feira (28) que o índice registrou alta de 4,10% em maio, ficando acima das expectativas das 27 instituições financeiras ouvidas, de 3,97%. No total dos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 37,04%.
Os produtores foram os mais afetados. Em maio, o IPA subiu 5,23%, ante 1,84% no mês anterior. Sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%), os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor. Somente estas três responderam por 62,9% do resultado do IPA.
Para o consumidor, no entanto, a alta dos preços ficou menos intensa, uma vez que o IPC desacelerou a alta a 0,61% no mês, ante aos 0,94% de abril. A tarifa de eletricidade residencial foi o componente que mais pesou no resultado, ficando ainda mais alta que a gasolina (+ 1,03%)
Já o INCC, sendo os 10% restantes do IGP-M, saiu de 0,95% em abril e subiu para 1,80% em maio.
Comunicação Sistema Faeg/Ifag