Assessoria de comunicação da Faeg
Nesta semana o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), prorrogou por mais um ano a vigência do estado de emergência fitossanitária para a lagarta Helicoverpa armigera em Goiás. A emergência foi prorrogada devido a presença da praga nas áreas produtivas das principais culturas do estado, de acordo com ofícios enviados à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), pelas principais cadeias produtivas. Além disso, a medida é prerrogativa legal para o uso emergencial do produto à base de benzoato de emamectina pelos produtores goianos. O uso emergencial está liberado mediante autorização da Agrodefesa para as culturas de milho, soja, algodão e feijão.
Segundo o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cristiano Palavro, com a prorrogação os produtores goianos poderão dar sequência no uso dos métodos de controle autorizados pelo Mapa em caráter emergencial. “Dessa forma é possível que o produtor trabalhe na diminuição da dispersão da praga e dos impactos causados nas lavouras”, diz. A Portaria nº 247/2016, publicada no Diário Oficial da União, do dia 22 deste mês, declara que o estado de emergência tem validade até o dia 27/11/2017.
Helicoverpa
A praga atinge mais de 180 espécies de plantas hospedeiras, podendo alimentar-se de praticamente todas as culturas de interesse econômico, como soja, milho, tomate, feijão, algodão, sorgo, hortaliças e citros. A lagarta apresenta ainda uma ampla capacidade adaptativa e reprodutiva. Uma mariposa fêmea, por exemplo, pode depositar até 1,5 mil ovos por ciclo, de forma isolada, e migrar a uma distância de até mil quilômetros, comprovando sua alta capacidade de dispersão.