O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, quarta-feira (04), elevar a taxa Selic de 5,25% para 6,25% a.a. A alta de 1 ponto percentual na taxa de juros já era esperada pelo mercado financeiro, que acumula sua quinta alta consecutiva. A decisão do Copom ocorre na tentativa de controlar a inflação, que vem registrando sucessivas altas, excedendo as perspectivas do Banco Central.
A priori no curto prazo, não se tem uma perspectiva factível de redução significativa em fatores como: o preço dos combustíveis, o preço do dólar que pressiona as commodities e por consequência os alimentos e o período de estiagem que eleva o custo da energia elétrica, que são os principais itens que pressionam os índices de inflação. De modo que diante desses fatores, o Comitê já deixou claro que novas altas na taxa de juros poderão ser feitas nas próximas reuniões.
Com um novo aumento de 1 p.p na Taxa Selic, a consequência mais direta para o agro é a elevação no custo de capital. Com o crédito mais caro, o produtor poderá sentir um peso maior dos juros sobre os financiamentos e empréstimos tomados no mercado. Ao mesmo tempo, o dólar tende a cair no longo prazo quando há altas nos juros, o que pode suavizar os custos com insumos. Portanto, o produtor deve ter cautela e fazer as contas quando da necessidade de adquirir algum financiamento, seja de custeio ou investimento.
Comunicação Sistema Faeg/Ifag