Que a agricultura brasileira é referência mundial, destaque em produtividade e líder em exportação em muitas cadeias de alimentos importantes no mundo é sabido integralmente por quem conhece do Agro. Mas existem personagens que merecem destaque e meritocracia nos avanços agrícolas do Brasil: os engenheiros agrônomos!
Por mais que desde que o homem deixou de ser nômade para produzir alimentos, se fixar regionalmente e, quem sabe, serem os primeiros agrônomos de prática para se alimentar e sobreviver, só em 1822 a primeira Escola de Agronomia foi fundada em Roville (França) e no Brasil, concedeu-se no ano de 1875 em São Bento das Lages, interior da Bahia.
E por acaso é possível desvincular o sucesso da agricultura brasileira com a atuação dos engenheiros agrônomos nos campos, na pesquisa, na extensão e na inovação? Definitivamente, não! Se considerar, como exemplo, somente as quatro (4) últimas décadas, a pesquisa agrícola desses profissionais contribuiu para aumentar em três (3) vezes a produtividade da cafeicultura, em cinco (5) vezes a produção de grãos, 140% a produção do setor florestal, 240% a produção de trigo e milho e 315% a produção de arroz. Sem a atuação desses profissionais, seria impensável os patamares que temos hoje e, ainda, a repercussão na economia de forma geral. Para exemplificar, considerando uma não atuação dos agrônomos e uma perda, irrisória até, de 10% apenas na produtividade de culturas agrícolas brasileiras, geraria uma redução de 15,4 milhões de dólares em exportação, menos 25,1 milhões de reais de renda ao país e de 25,6 bilhões de reais no PIB agropecuário, cai 7 bilhões de reais na arrecadação federal e um déficit de 3,46 bilhões de reais ao ICMS.
E é por essa importância e pelo compromisso com a seguridade alimentar brasileira que tenho é que atuo, vigorosamente, nas diversas frentes de trabalho para garantir que esses profissionais possam continuar contribuindo para que os produtores rurais semeiem o futuro. Resguardar a PL nº 6.299/02 para acelerar a incorporação tecnológica na agricultura e defender a Lei Kandir para manter a competitividade internacional do agro, fornecer a capacitação e aperfeiçoamento da mão de obra através dos treinamentos do Senar Goiás e promover a assistência técnica gerencial aos produtores no campo, por exemplo, são exercícios diretos do trabalho que compartilho com todos.
Muito mais do que parabenizar pelo Dia do Agrônomo nesse dia 12 de outubro, agradeço a esses profissionais por atuarem, junto aos produtores rurais, na manutenção de práticas conservacionistas de solo e água, introduzir tecnologia e inovação no campo, atuar na gestão das cadeiras produtivas e, muito além do que preparar, plantar, conduzir, colher, armazenar e beneficiar produtos agrícolas, garantem não só o alimento do dia a dia, mas a preservação da vida no campo e na cidade!
Presidente do Sistema Faeg Senar, Deputado Federal José Mário Schreiner