A colheita do fruto atingiu 26,4% ante a safra anterior; as demais culturas também registraram altas, segundo Conab e IBGE
A produção de uvas em Goiás bateu recorde no ano passado, ao registrar alta de 26,4% em relação à safra anterior. Além do crescimento dessa cultura atípica do cerrado goiano, a produção de grãos também aumentaram no período de 2019/2020. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na terça-feira (11).
O coordenador técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Alexandre Alves, detalha que a uva produzida em Goiás está localizada principalmente nos municípios de Itaberaí, Paraúna e Cocalzinho de Goiás. E, se expandido para os municípios de Alto Paraíso, Bonfinópolis, Brazabrantes e Nova Veneza.
Segundo o especialista, no Estado são produzidas mais de 4 mil toneladas do fruto fresco anualmente. A uva goiana é identificada por ter melhores teores de açúcar em comparação às produzidas no Sul do país. "É vendida in natura e uma parte destinada à produção de vinho e suco integral (70%). São gerados mais de R$ 10 milhões em valor bruto da produção", aponta Alexandre Alves.Acerca do crescimento da safra 2019/2020, o técnico da Faeg explica que isso e consequência da "produtividade em função de práticas culturais e pequeno aumento na área plantada" no Estado.
Pioneiro da cultura no cerrado goiano, o produtor Anir Razia, duas décadas atrás começou a experiência da produção em Itaberaí. Assim também, abriu as portas para a comercialização do produto para o restante do país. Para ele, o crescimento da última safra é devido ao ingresso de novos produtores no ramo de produção.Segundo ele, a comercialização do produto é feita internamente na região Centro-Oeste, e, externamente, para as regiões Nordeste e Norte do Brasil. "A nossa produção aqui é destinada ao comércio in natura, a produção de suco de uvas integral, vinho e poupa de uva", detalha.
A fazenda do Razia, por causa da uva e da produção de vinho, se transformou até em ponto turístico da região,recebendo visitantes de inúmeras regiões do Brasil. A atividade da produção nessas cidades têm gerado renda e emprego. O produtor conta que no quesito trabalho, por ser uma fruta que necessita de mais cuidados, se identifica mais com a atuação de mulheres, por isso são a maioria dos contratados para o manuseio da colheita.
Fonte: O Hoje
Comunicação Sistema Faeg/Senar