Produtores rurais do município de Rio Verde se reuniram na manhã desta segunda-feira (24/2) para discutir demandas rurais, como limites de crédito e liberação de recursos para a safra 2014/15, além da redução da produção em função da estiagem e o seguro rural. O encontro ocorreu na sede do Sindicato Rural do município e contou com a presença de gestores, gerentes e do superintendente do Banco do Brasil em Goiás.
A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão de Grãos, Fibras e Oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Flávio Faedo, e pelo assessor técnico do Sindicato Rural e presidente da Comissão de Crédito Rural da Faeg, Alexandre Câmara Bernardes, que questionaram sobre os recursos e os custeios para a safra 2014/15. Além deles, também participaram do encontro o superintendente regional do Banco do Brasil, Gilson Caio, e os gerentes Giovane Chaves, Célio Chagas Cintra, Weliton Luiz da Aguiar, Rodrigo Roberto dos Santos e Marcos Antônio da Costa.
Na ocasião, Giovani Charles informou aos produtores que as perspectivas são boas e que o Banco do Brasil pretende fazer o lançamento do plano safra em abril. “Nosso sistema já está pronto para recebermos as propostas dos produtores”, afirmou.
No quesito linha de crédito, o gerente disse que o banco está atuando no novo plano estratégico do Governo Federal chamado Programa de Armazenagem (PCA). Ele objetiva ampliar a capacidade de armazenamento agrícola do país, reduzindo problemas logísticos de escoamento da produção em pico de safra e proporcionando ao produtor rural e suas cooperativas o melhor momento de escoamento e comercialização dos produtos.
“O programa visa investimentos para ampliação e à construção de novos armazéns, destinados à guarda de grãos, oleaginosas e afins, o limite financiável é de 100%, com taxa de juros de 3,5% ao ano e prazo de até 15 anos para pagamento com até três anos de carência”, esclarece.
Mesmo satisfeitos, os produtores rurais presentes levantaram alguns questionamentos. “Acredito que seja um projeto viável, tem tudo para dar certo, mas por trás dele é preciso ter capital de giro”, comentou Aredizon Silva Andrade.
Seguro rural
Outro ponto discutido foi a preocupação dos produtores quanto à redução de produtividade e em relação à maneira como o banco poderá proceder nos casos onde os produtores precisarem acionar o seguro rural. Além disso, foram debatidas possíveis prorrogações das operações “em ser” da atual safra.
De acordo com o gerente Giovani Charles, 40 agrônomos serão credenciados e treinados para fazerem as vistorias, o que não tira a importância da atenção por parte dos produtores. "É bom ficar atento, pois as renegociações se darão nas agências antes dos vencimentos dos financiamentos”, pontua. Ele acrescenta ainda que é importante que o produtor mantenha um bom diálogo com o banco, evitando assim, sanções creditícias e abalos de crédito devido à estiagem.
Apesar dos questionamentos surgidos ao longo da reunião, os produtores se sentiram a vontade para sanar as dúvidas junto a instituição financeira e destacaram que a análise do limite e o cálculo da capacidade de pagamento é o gargalo para a aplicação destas novas linhas de crédito para a safra vindoura.