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Sindicatos Rurais realizam protesto contra Celg em Iporá

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protesto leite celg ipora 18 12 2015 fredoxcarvalho 92Murillo Soares

Na última semana, produtores de leite da região oeste de Goiás se reuniram em Iporá em um protesto motivado pelas frequentes quedas de energia na zona rural e a má qualidade do atendimento prestado pela Celg. O ato foi organizado pelo presidente do Sindicato Rural (SR) do município, Adailton Antônio Leite, em parceria com Arenópolis, Bom Jardim e Jaupaci.

Apesar de o clima geral ser de revolta, a iniciativa tinha como objetivo doar leite para a população mais carente da cidade e falar sobre os gargalos que os produtores têm enfrentado. Entretanto, sem medo de retaliação, o presidente do SR, em um ato de repúdio, derramou um galão de leite na porta da sede da Celg em Iporá.

“A gente depende muito de energia. Se falta, ficamos no prejuízo”, contou o produtor José Fernandes, da cidade de Arenópolis. Ele explicou que além da ordenhadeira, que é elétrica, as quedas de energia não deixam o leite refrigerar, o que acaba fazendo com que o alimento fique inviável para consumo. “Só nas últimas semanas, perdi mais de 500 litros. Por mês, o número fica ainda maior”, disse.
O presidente do SR de Bom Jardim e Aragarças, Divaldo Queiroz, afirmou que os produtores dessas cidades também têm relatado problemas.

protesto leite celg ipora 18 12 2015 fredoxcarvalho 5“Tivemos aumento de tarifa e diminuição da qualidade do produto”, sublinhou. Flávio Júnior Vilela, presidente do SR de Arenópolis, alegou que seu município é um dos que mais sofrem com a qualidade de energia. “Certa vez ficamos seis dias inteiros sem energia, o que nos gerou um prejuízo imensurável”, disse. “Não me importo se a energia for cara, desde que seja de qualidade”, bradou.

Negociação

“A Celg vive falando que vai resolver o nosso problema, mas não faz nada”, frisou o produtor José Fernandes. “Os produtores ligaram, o SR ligou – e continua ligando. Mas não tivemos nenhuma resposta”, alegou Adailton. Para os presentes, o silêncio da distribuidora de energia também entra na cota da má qualidade de serviços prestados. Segundo ele, às vezes demora-se dias e dias apenas para religar uma chave de energia que, porventura, caiu.
Para não falar que nunca se obteve uma resposta, Adailton contou que certa vez falou com um atendente e, ao citar os problemas de comunicação entre as partes, ouviu: “poucas linhas não funcionam nesta região”. “E o senhor não deve morar em Goiás”, respondeu Adailton ao atendente.

Telma Paes Balduíno de Faria é empresária e pecuarista de gado de corte, além de cidadã de Iporá e sente na pele os problemas de distribuição e manutenção de energia nos três setores. “De um mês para o outro, minha conta de energia triplicou de preço e o somatório era de um valor exorbitante”, contou. Ela não pagou a conta e foi em busca de informação para saber o porquê de um valor tão alto e tantas taxas embutidas. “A solução que posso oferecer é parcelar a fatura para a senhora”, foi o que ela ouviu da Celg.

“Mas eu fui atrás dos meus direitos”, continuou. A saga da empresária a levou até o Ministério Público (MP), onde foi orientada a não pagar a conta e procurar um advogado para tomar as medidas legais cabíveis. “A fatura ainda está em casa, sem pagar. As seguintes ainda vieram com um valor alto, porém nada exagerado”, disse.

protesto leite celg ipora 18 12 2015 fredoxcarvalho 131Telma é dona de um hotel e, para ajudar na economia, trocou todos os aparelhos de ar condicionado, além de vários outros eletrodomésticos, colocando versões mais econômicas. As quedas de energia, porém, danificaram vários deles. “A Celg disse-me que arcaria com os prejuízos, mas ainda não vi nenhum centavo”, finalizou. O mesmo problema tem atrapalhados seus negócios pecuários, fazendo perder as vacinas do gado, que são armazenadas na geladeira, além da comida para os peões.

Ao resgate

O presidente da Cooperativa de Produtores de Leite (Cooprol), em Iporá, José Carlos Ferreira, diz que eles geralmente têm preparo para algumas quedas de energia esporádicas, que acontecem quando chega a época de chuvas. De uns anos para cá, no entanto, estes acontecimentos têm se tornado cada vez mais frequentes e o número de reclamações subiu bastante. “Só no começo do mês de dezembro, socorremos mais de 20 mil litros de leite. Durante um mês inteiro, este número é bem maior”, finalizou.

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