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Agro Fraterno, movimento do agro para arrecadar alimentos, já distribuiu quase sete mil cestas básicas em Goiás

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Ajudar as famílias rurais mais necessitadas, atingidas pela vulnerabilidade social, provocada pelo novo coronavírus. Este é o objetivo do Agro Fraterno, movimento solidário, apoiado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e liderado pelo Sistema CNA/Senar, juntamente com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as entidades do Instituto Pensar Agro.

O movimento foi lançado no dia 1˚ de junho, em live transmitida direto da Central das Associações de Pequenos Produtores de Luziânia e Região, a Caprul. A cerimônia reuniu autoridades e empresários. Unidos, governantes e representantes do Sistema S e de diferentes cadeias que integram o agronegócio, comprometeram-se em arrecadar e distribuir alimentos para o maior número possível de agricultores afetados pela pandemia. Durante o lançamento do movimento, foram entregues, as primeiras cestas de alimentos para famílias rurais de Goiás.

"O agro sabe de sua responsabilidade e assume o compromisso de defender os menos favorecidos nesse momento", afirma o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins. "Vamos somar forças para suprir as necessidades da população com o que sabemos fazer de melhor: produzir e abastecer com alimentos. Com o Agro Fraterno, queremos socorrer os brasileiros mais necessitados." A meta do movimento é alcançar um milhão de cestas básicas a serem distribuídas em todo o País.

Em meio à pandemia, mais da metade da população brasileira está convivendo com a insegurança alimentar (IA). Isso significa que são 116,8 milhões de brasileiros sem acesso integral e contínuo a alimentos. Para 43,4 milhões de pessoas, não há alimentos em quantidade suficiente para toda família e, cerca de 9% deste grupo, relatou passar fome todos os dias (IA grave). Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A pesquisa mostrou que a maioria das pessoas em situação de insegurança alimentar grave vive nas áreas rurais do País, especialmente nas regiões onde não há disponibilidade adequada de água para produção de alimentos e criação de animais.

O tamanho da fome

O Inquérito Nacional foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do País, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.

Resultados:

- Três meses anteriores à coleta de dados, em 55,2% dos domicílios, os habitantes conviviam com a insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%);

- 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos. Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave);

- A insegurança alimentar grave alcançou 12% dos domicílios na área rural, contra 8,5% na área urbana;

- Nas áreas rurais, a proporção de domicílios em IA grave dobra de 21,1% para 44,2%, quando não há água adequada para produção de alimentos.

Fonte: http://olheparaafome.com.br/#manifestu e https://pesquisassan.net.br/

O diretor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), Flávio Henrique Silva, explica que a pandemia deixou os pequenos produtores e trabalhadores rurais em vulnerabilidade social. "A Covid impactou diretamente os agricultores familiares que viviam nos assentamentos rurais. Eles forneciam alimentos para a merenda escolar e com a suspensão das aulas presenciais, ficaram totalmente sem renda", explica. "A queda na renda também afetou os pequenos produtores que comercializam seus produtos nas feiras livres."

Na avaliação do gerente de promoção social do Senar Goiás, Renildo Teixeira, o agravamento se dá ainda porque o pequeno produtor não tem técnica e recursos necessários para plantar o básico, como o arroz e feijão. "Ele não consegue ter acesso ao óleo de soja, macarrão ou carne vermelha quando falta dinheiro. No dia a dia, ele precisa ir ao mercado e quando não tem renda vai substituindo as refeições completas pelo que há de mais barato ou pelo alimento que consegue cultivar ou criar, como galinha, frutas e hortaliças", resume.

Para quem mais precisa

O superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, reforça a importância do Programa Agro Fraterno conseguir alcançar os 246 municípios goianos. "Identificamos a urgência em ajudar quem mais precisa a atravessar esse momento de maior dificuldade, por isso começamos com a entrega destas cinco mil cestas em Goiás, mas acreditamos que, por meio da plataforma o Agro Fraterno vai chegar ainda mais à sociedade. Contamos com o engajamento dos Sindicatos Rurais que fazem parte do Sistema Faeg Senar para potencializar as ações e alcançar o maior número famílias rurais em todos os municípios de Goiás", ressaltou. Dirceu acrescenta que os sindicatos podem procurar a Gerência de Promoção Social do Senar Goiás para efetivar sua participação no Programa.

O Sistema Faeg Senar e seus parceiros (Sindicatos Rurais, Prefeituras e Centros de Referência e Assistência Social, os CRAS) estão fazendo um mapeamento para identificar onde estão as famílias rurais mais afetadas pela pandemia. Foi através deste diagnóstico que a Escola Rural Maria Teixeira foi escolhida para ser uma das primeiras beneficiadas, em Luziânia. A unidade de ensino recebeu 200 cestas básicas. Segundo a diretora da instituição, professora Silvana Vasconcelos, as doações do Agro Fraterno não poderiam ter chegado em melhor hora.

Ela explica que a Maria Teixeira é a primeira escola rural inclusiva do Brasil, segundo o Ministério da Educação. Fundada há 27 anos, a escola atende crianças, jovens e adultos de baixa renda que moram na zona rural de Luziânia, com e sem necessidades especiais. "Temos 280 alunos, 60% deles portadores de algum tipo de necessidade especial (autistas, pessoas com Síndrome de Down ou deficiências mentais, físicas, auditivas e visuais) e, nestes tempos de pandemia, nossa maior preocupação é com a alimentação dos alunos porque sabemos que muitas famílias dependem da merenda escolar para manter uma dieta saudável", destaca. "São pessoas carentes que buscam alimentação melhor na escola mesmo, então, desde o início da suspensão das aulas presenciais, temos feito campanha para conseguir doar alimentos aos alunos. Com o Agro Fraterno foi maravilhoso porque conseguimos atender 200 famílias da nossa escola”, agradece. A Escola, além de ser filantrópica e inclusiva, participa do programa Agrinho, do Senar Goiás, para promover educação pautada no respeito ao meio ambiente.

No município de Luziânia, a entrega das mil cestas foi acompanhada pelo vice-presidente da Caprul, Jorge Meireles, além de membros do Programa Faeg Jovem, colaboradores da Secretaria de Desenvolvimento Social, do prefeito municipal, Diego Sorgato, e da coordenadora regional do Senar Goiás, Vanessa Vaz. Felizes com o resultado, os participantes relevam a emoção de participar do Agro Fraterno.

"Tem pessoas que choram de alegria. É muito gratificante participar dessa ação do setor agropecuário", disse Meireles, que também é presidente da Comissão de Empreendedores Familiares da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). A coordenadora da Regional Leste do Senar de Goiás, que abrange os cinco municípios goianos onde o Agro Fraterno foi iniciado, Vanessa Batista Vaz, afirmou que "essa iniciativa é valiosa porque demonstra, na prática, que o setor agropecuário brasileiro é forte e unido para ajudar as pessoas que estão em dificuldade".

Em boa hora

No total, mil cestas de alimentos foram entregues, entre os dias 7 e 13 de junho, para famílias carentes de Luziânia, que são atendidas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho, igrejas e Apae.

"Os alimentos chegaram em ótima hora. Sou mãe solteira de três meninos e, no momento, estou sem emprego porque muitas pessoas dispensaram as diárias do trabalho doméstico na pandemia." Rosana de Melo, de Luziânia, uma das beneficiadas com a entrega de cestas de alimentos.

"Há duas semanas, perdi o emprego de doméstica, em Brasília. Agora, divido a casa com meu filho, minha mãe, dois irmãos e um sobrinho. Fiquei muito feliz porque os alimentos vieram para ajudar nesse momento. Os produtos são muito bons." Luciana Barbosa que, junto de sua família, receberam as doações do Agro Fraterno.

"Na hora em que eu abri o portão e vi o pessoal com a cesta de alimentos, meu coração disparou de alegria. Vou alimentar minhas filhas de 12 e 14 anos. Receber alimentos, na minha situação, é uma benção de Deus."

Vânia Teles, empregada doméstica, que trabalhava na casa de comerciantes em Luziânia. Como o comércio ficou muito tempo fechado, acabou sendo dispensada do emprego. "O trabalho diminuiu muito. Faço roçagem, construo cercas em áreas rurais, o que surgir eu pego porque não é fácil ver um filho com fome. A cesta de alimentos do Agro Fraterno chegou na hora certa. Não tinha açúcar para o dia seguinte."

Rubens Barbosa, agricultor que passa por um momento difícil. Ele e a esposa, Débora Borges, têm quatro crianças com idades de 11 anos, 7 anos, 3 anos e uma recém-nascida de apenas um mês. "Os alimentos vieram em boa hora e é muito bom saber que há pessoas que se lembram de quem precisa."

Maria de Lourdes Ferreira, a primeira a receber a doação em Luziânia. Ela vive com a ajuda do benefício de um salário mínimo que é dado à filha, portadora de uma doença genética rara, que prejudica o metabolismo de proteínas no organismo. Ela dedica todo o tempo aos cuidados com a primogênita e às vezes conta com o apoio das outras filhas e do irmão. "Vivo 24 horas para ele. A esperança é a última que morre. Que Deus toque o coração de mais pessoas para ajudar quem precisa."

Antônia Batista de Jesus, outra beneficiada pelo programa e que também vive com a ajuda do benefício concedido ao filho especial. Ela não trabalha e conta com doações de conhecidos e vizinhos.

Acompanhe como foram as entregas do Programa Agro Fraterno, em Novo Gama.

https://www.youtube.com/watch?v=BVt4JN1wT6k

Sobre o Agro Fraterno

O Lançamento do Agro Fraterno contou com a presença dos ministros João Roma (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura); dos presidentes do Sistema CNA, João Martins, do IPA, Nilson Leitão; do presidente do Sistema Faeg Senar, deputado federal Zé Mário Schreiner, que esteve representando a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA); da primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado; do diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara; da gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella; do prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, além de parlamentares, representantes de federações, de sindicatos rurais e autoridades estaduais e municipais.

No início da cerimônia, João Martins, que participou de forma virtual, afirmou que o produtor rural brasileiro mostra mais uma vez sua responsabilidade com o Brasil e com seu povo. "Neste momento de dificuldade que o mundo atravessa, o produtor continua a produzir alimentos para abastecer os brasileiros e mais de 1 bilhão de pessoas em quase 200 países. Mas dezenas de milhões de brasileiros estão passando fome no celeiro do mundo. Isso é inaceitável. Por isso estamos aqui", disse.

"A CNA e os produtores rurais começam a distribuir cestas para abastecer a população que perdeu a capacidade de adquirir o seu alimento. É a prova de nosso compromisso de reduzir a falta de alimento nas mesas dos brasileiros. A CNA e os produtores rurais, sob liderança da ministra Tereza Cristina, assumem a responsabilidade de também promover a distribuição aos mais necessitados. Esse é o nosso sentimento de responsabilidade e o nosso compromisso", concluiu o presidente da CNA.

João Roma, ministro da Cidadania, reforçou a importância da união para levar alimento às populações mais vulneráveis. Ele destacou a liderança do presidente da CNA, João Martins, para transformar a vida e ajudar o brasileiro a superar o momento de dificuldades.

Para o presidente do Sistema Faeg Senar, deputado federal Zé Mário Schreiner, este é o momento de buscar a responsabilidade social, para o setor agropecuário, de combater a fome. "É o alimento que nos une. E a questão social é nossa também. Milhões de famílias perderam o emprego em consequência da pandemia, por isso precisamos estender a mão à população mais vulnerável neste momento", frisou o dirigente. "Assim como o agro contribui para o País, com produção de alimentos, geração de empregos, exportações e divisas, também temos o compromisso de responder positivamente aos mais vulneráveis que precisam de apoio."

Durante a primeira doação, foram entregues cinco mil cestas de alimentos. As pessoas selecionadas para receber as primeiras cestas de alimento foram escolhidas dentro dos critérios de vulnerabilidade social definido pelas secretarias municipais de Desenvolvimento e Cidadania. Para a primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, que representou o governador do estado, Ronaldo Caiado, o agro se mostrou solidário ao atender aos mais necessitados. "Quem tem fome tem pressa. Em Goiás temos 2 milhões de pessoas que vivem em vulnerabilidade. O que estamos vendo aqui é o agro estendendo a mão e demonstrando que está preocupado com essas pessoas. Faço reverência ao agro, setor que tenho honra em fazer parte", enfatizou.

No evento, houve a entrega simbólica de cestas para duas famílias de Luziânia. O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, fez a entrega à Antônia Batista de Jesus, uma das beneficiadas pelo programa. "A ideia é estimular para que cada um, ao seu jeito, possa fazer doações e ajudar as populações carentes. Iremos consolidar as doações no nosso portal para conseguirmos mensurar o tamanho do esforço do agro", afirmou.

Assista à cerimônia de lançamento do Agro Fraterno

https://www.youtube.com/watch?v=m6YkboJdoZw


Conheça e participe do movimento do setor agro para arrecadação e doação de alimentos

Acesse: www.agrofraterno.com.br

O que pode ser doado: a Plataforma aceita recursos financeiros, cestas básicas e alimentos em si;

Quem pode doar: produtores rurais, empresas e entidades ligadas ao setor;

Alimentos: a cesta do Agro Fraterno contém arroz, feijão, açúcar, óleo de soja, sal, macarrão, molho de tomate, flocos de milho, macarrão instantâneo, fubá, café, farinha de mandioca, sardinha em lata e leite em pó;

Doações: até a primeira semana de agosto quase sete mil cestas básicas já foram distribuídas em Goiás;

Contemplados pelas cestas: produtores e trabalhadores rurais em situação de insegurança alimentar, já cadastradas no Cad Único do Ministério da Cidadania. Necessário ter número de Identificação Social (NIS), CPF ou Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP);

Comunicação Sistema Faeg/Senar

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