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Senar Goiás e Seapa levam qualificação em avicultura e olericultura para quilombolas no Vão do Moleque

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Trinta e quatro moradores de Cavalcante, a 500 quilômetros de Goiânia, na região Nordeste do Estado, acabam de ganhar uma nova perspectiva de vida. Eles concluíram, no início de agosto, cursos ministrados pelo Senar Goiás de avicultura (criação de galinhas) e olericultura (cultivo de hortas). A iniciativa é uma parceria com o programa Goiás Social. Com capacitação e certificação, essas pessoas tem a oportunidade de melhorar a alimentação das próprias famílias e obter renda extra com a venda de produtos.

Em apenas dois meses de trabalho, o Goiás Social já contabiliza 230 pessoas capacitadas para exercer atividades agropecuárias em oito municípios goianos. Todos os beneficiários pertencem a famílias de baixa renda. Cavalcante marca a trajetória do programa, porque inclui pela primeira vez moradores da zona rural - neste caso, quilombolas Kalunga, descendentes de negros escravizados que se refugiaram na região do Vão do Moleque.

Uma vez capacitados, os alunos podem receber ajuda financeira para adquirir insumos e colocar em prática o que aprenderam nos cursos. A liberação do Crédito Social depende da comprovação de situação de vulnerabilidade e da demonstração de aptidão e estrutura mínima para a atividade (se necessária). Há limitação de um benefício por família.

O superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, conta que, para estes treinamentos, as equipes implantam unidades demonstrativas de avicultura e olericultura, possibilitando a transmissão do conhecimento através de estruturas modelos de galinheiro e canteiro de hortaliças. “Capacitamos as pessoas e transformamos a realidade da comunidade por meio do aprendizado na prática”, resume.

“Muitas vezes a pessoa tem vontade, quer trabalhar, crescer e dar uma condição melhor de vida para a sua família, mas não sabe como fazer isso ou não tem o recurso necessário para começar, e é aqui que o governo e os parceiros entram e estendem a mão”, destaca o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça.

Americano do Brasil foi o primeiro município a receber cursos da parceria Seapa e Senar no âmbito do Goiás Social. Edéia, Nova América, Morro Agudo, Monte Alegre e Cavalcante também já sediaram as oficinas, que duram três dias. Ao todo, 16 turmas foram capacitadas até agora: nove em olericultura, seis em avicultura e uma em piscicultura.

O trabalho está só começando. Esta semana os instrutores chegaram a Amaralina e Matrinchã. Alvorada do Norte e Simolândia também vão receber as equipes nos próximos dias. E mais 13 novos municípios devem entrar na rota em breve.

Em geral, cada turma é formada por 10 a 16 participantes. A idade mínima é de 18 anos. Não há requisito de escolaridade. A triagem dos nomes começa com as Prefeituras e passa pelo crivo do Gabinete de Políticas Sociais. A Seapa visita os interessados para confirmar o interesse e a disponibilidade de datas. Em seguida, combina com o Senar Goiás o envio dos instrutores.

Para receber o Crédito Social, há uma nova etapa de checagem com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds). Só então os nomes são enviados à GoiásFomento para repasse dos recursos por meio do cartão Goiás Social.

Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag com informações da Seapa

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