Em depoimento na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, a ministra Tereza Cristina informou que tentará aumentar para R$ 1 bilhão a verba destinada pelo governo ao seguro-rural, que garante os produtores em caso de prejuízos na safra. A verba destinada ao seguro na safra 2018/2019 é de R$ 440 milhões. A ministra informou que a meta é obter junto à área econômica mais R$ 600 milhões. Com isso, o seguro-rural, que hoje atende a 42 mil grandes produtores em todo o país, poderá passar a atender, segundo Tereza Cristina, cerca de 150 mil produtores.
“Se conseguirmos taxas de juros razoáveis e um seguro rural maior e mais robusto, teremos mais crédito disponível para os produtores”, disse a ministra. Ela também anunciou que está negociando com o Ministério da Economia uma verba maior para o crédito rural na safra 2019/2020. Para a atual safra foram destinados R$ 191 bilhões, além de R$ 30 bilhões para a agricultura familiar. A ministra explicou que esses recursos já se esgotaram, embora teoricamente a safra vá até junho, o que demonstra que o agronegócio está crescendo e os produtores estão investindo em ritmo cada vez mais acelerado. Segundo ela, para a próxima safra já está assegurado pela lei o mesmo valor da atual e mais 5% de correção, mas o Ministério da Agricultura está reivindicando verba maior. “Estamos ousando mais”, disse a ministra. “Este governo tem um olhar diferenciado para o crédito rural”.
Na exposição aos senadores, ela também afirmou que o ministério está trabalhando para abrir novos mercados aos produtos brasileiros, porque o país tem potencial para produzir e exportar cada vez mais, com sustentabilidade e respeito ambiental, utilizando mais tecnologia para ganhos de escala na produção. Para isso, a ministra pediu apoio dos senadores no sentido de aprovar leis que podem facilitar a vida dos empreendedores. E também lembrou que há gargalos de infraestrutura que precisam ser superados (em portos, rodovias e ferrovias), pois eles aumentam os custos de produção e deixam a margem de lucro dos produtores cada vez mais apertada.
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Fonte: Notícias Agrícolas
Comunicação Sistema Faeg/ Senar