2º Seminário “Alimentação Animal Segura é Legal” abordou programa de qualidade

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“O produtor é um elo da cadeia produtiva e tem o poder de influência,” disse o auditor fiscal federal agropecuário, Rogério dos Santos Lopes

Centenas de produtores rurais, médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, empresários de indústrias de alimentos para animais e estudantes participaram da 2ª edição do Seminário Alimentação Animal Segura é Legal. O objetivo do evento que aconteceu no auditório da Faeg, na última segunda-feira (29), foi implementar ações voltadas à importância e aspectos legais das Boas Práticas de fabricação na área animal, na orientação e conscientização de todos os responsáveis.

A coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Raquel de Sousa Braga iniciou as atividades com a apresentação do Projeto “Conscientização e Capacitação - Aspectos Legais e Importância das Boas Práticas de Fabricação na área de Alimentação Animal”. Posteriormente, a professora da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), Alessandra Gimenez Mascarenhas ministrou para a plateia sobre

“Introdução às Boas Práticas de Fabricação”. “Quando o fabricante se encontra com alguma inconformidade na sua indústria e é fiscalizado, deve ver como uma oportunidade de melhoria e não como uma punição”, quebrando paradigmas. Discorreu sobre todas as legislações e processos para minimizar os riscos de contaminação na produção de rações. “Futuramente queremos fazer um grupo de trabalho com alunos de pós-graduação”, destacando a necessidade de aprofundar no tema com estes profissionais, segundo Alessandra.

Seguindo as orientações ao produtor, o auditor fiscal federal agropecuário, Rogério dos Santos Lopes disse que ele é um elo da cadeia produtiva. “É preciso que o produto tenha qualidade quando chegue ao produtor. Para que sua produção continue com qualidade é necessário orientá-lo e conscientizá-lo, principalmente em relação ao preço e produtos de estabelecimentos devidamente registrados,” esclarece, destacando que produtos mais baratos podem não ser a melhor opção. Ele relatou vários tipos de inconformidades encontradas durante as fiscalizações, das mais simples que seriam alimentos vencidos misturados aos demais com validade correta, depósitos sem as devidas proteções com telas para evitar as pragas e acesso de animais, falta de registro, de embalagens com informações caracterizando o produto, entre tantas outras.

O Seminário também contou com a representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernanda Marcussi Tucci, que é auditora fiscal federal agropecuária, e falou no período vespertino sobre o “Impacto da Alimentação Animal na Segurança do Alimento.” Abordou sobre todos os tipos de contaminantes que podem interferir tanto na saúde do animal como na do consumidor dos produtos advindos destes. Destacou o relevante papel do técnico para orientar os produtores que preparam rações nas propriedades e também se preocupem com o que estão adquirindo.

“É preciso que os técnicos tenham conhecimento da normativa do uso de medicamentos em rações, do controle e autorizações do Mapa, das Boas Práticas de Fabricação para auxiliarem o produtor nessa tarefa. Fica aqui o meu alerta,” disse ela.

Contando com uma abordagem prática, o zootecnista e responsável técnico, Carlos Cardoso de Oliveira retratou sobre a “Experiência da CCL - Insumos Agropecuários - Zoolutti” diante da Interação da Fábrica e Faculdade (IFF). “Realizamos uma parceria com a Faculdade Evangélica de Goianésia, oportunizando estágios e visitas de estudantes em nossa fábrica de ração”.

Com um produto de qualidade exigida do início, na compra da matéria prima, até o fim, cumprindo os requisitos de boas práticas de fabricação bem como análises de riscos, teve um crescimento importante, com seus produtos chegando em 130 municípios. Fez questão de destacar a importância da parceria para a formação de novos técnicos capacitados, oportunizando formação prática dos futuros técnicos no mercado agropecuário. Também a realização de dias de campo com produtores e alunos,” informou ele. Tal disponibilidade da indústria em fornecer oportunidade de estágios foi muito elogiada pelos integrantes de universidades, que contam com a ampliação desta ação, por parte das demais empresas.

No decorrer ficou expressamente claro que a população está mais exigente quanto à qualidade do que consome. E esta responsabilidade é compartilhada com todos os elos de produção. Foi relatado que compradores de rações exigem a origem e qualidade da matéria prima usada na fabricação deste produto. Então o produtor, mais uma vez, deve se comprometer com a sua importante missão, que é produzir alimento de qualidade, base para todos os demais processos de fabricação posteriores à sua atividade.

Após a finalização das palestras houve mesa redonda com questionamento dos participantes sobre cada assunto apresentado. Muitos deles elogiaram a iniciativa da realização do Seminário que esclareceu e contribuiu com muitas das dúvidas trazidas ao ambiente.

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