A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), sedia nesta quinta-feira o 3º Fórum Goiás Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. “Nós lutamos há mais de 20 anos para que esse momento chegasse. Para que nós pudéssemos estar aqui discutindo a retirada da vacinação com muito zelo, cuidado e muita atenção. Mas eu não tenho dúvida que é um passo muito importante na pecuária de corte, na de leite, porque Goiás tem um espaço muito grande no mercado nacional e internacional pela sua produção pecuária. E eu não tenho dúvida de que tomando todos os cuidados, ganharemos muito com a valorização da carne goiana perante ao mercado mundial, que é extremamente exigente. Com isso, todo o estado de Goiás, os produtores, os pecuaristas, a população, todos ganham”, destaca o presidente do Sistema Faeg/Senar e deputado federal Zé Mário Schreiner.
O evento é voltado para produtores rurais, representantes de sindicatos e entidades do setor, médicos veterinários do setor privado, servidores e técnicos ligados à área, bem como professores e alunos dos cursos de ciências agrárias. Também são convidados representantes de leiloeiras, frigoríficos, revendas de produtos veterinários e demais interessados.
As apresentações acontecem a partir das 14 horas e são organizadas pelas entidades goianas que integram a equipe gestora do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNFEA). A participação é gratuita e a transmissão será pelo canal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO) no Youtube (www.youtube.com/CRMVGO ).
O evento trará o panorama nacional da evolução do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) para evolução do status sanitário da doença em Goiás, além de avanços e ações que estão sendo executadas no estado.
“O Fórum Goiás Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação reúne todas as instituições envolvidas com a pecuária desenvolvida em Goiás. Desde a primeira edição o objetivo é mostrar a toda sociedade goiana a vantagem da retirada da vacina e a responsabilidade de todos na prevenção da doença. Para que isso aconteça é necessário o cumprimento de várias exigências que o órgão de defesa sanitária precisa atender, como equipe de fiscais sanitários treinada e em número suficiente para atender todo o Estado”, explica Marcelo Penha, analista de mercado do Instituto para o Fortalecimento de Goiás (Ifag).
Goiás já tem a formação de um fundo privado para agir em caso de incidência de um foco, caso apareça, como isolamento da área e abate sanitário de todos os animais, conforme planejamento sanitário coordenado pelo MAPA e Agrodefesa. “Esse fundo ajuda a ressarcir a perda do produtor causada pela doença devido a obrigação da eliminação de todos os animais dentro da área estabelecida pela defesa sanitária. A grande vantagem é a certificação pelo MAPA, que é o Ministério de Agricultura e Pecuária do Brasil e OIE , a Organização Mundial de Saúde Animal, considerando o Bloco IV, ao qual Goiás pertence, em área livre de Febre Aftosa sem vacinação. Este Status eleva o nosso status sanitário permitindo acessar mercados importantes para a comercialização de nossa carne como Japão, Coréia do Sul, México e Canadá. Outra grande vantagem seria a economia em não gastar com a vacina, melhorando o bem-estar animal diminuindo um manejo vacinal”, conclui Penha.
De acordo com o Ifag, com base em levantamento feito pelo IBGE, o estado é o segundo maior produtor de bovinos do Brasil com rebanho superior a 22 milhões de cabeças.
Comunicação Sistema Faeg/Senar