O IBGE divulgou os resultados prévios da produção pecuária do 4º trimestre de 2020 e o abate, tanto de bovinos quanto de suínos, caiu por volta de 5% comparado com o 3º trimestre de 2020. Os abates de bovinos foram de 7.247.000 cabeças, 10,3% menor que o mesmo período de 2019 e 5,8% menor que o 3º trimestre de 2020. Vale ressaltar que a exportação fica forte justamente no final do ano de 2019, quando a China inicia fortes importações de carne bovina e suína devido à falta de proteína animal, ocasionada pela peste suína africana que se instalou no país.
Foram abatidos 12.105.000 suínos 1,6% a mais em relação ao mesmo período de 2019 e 4,7% menos que o 3º trimestre de 2020. O abate de frangos atingiu a marca de 1.550.981.000 cabeças, 5,5% maior que o mesmo período de 2019 e 2,5% maior que 3º trimestre de 2020. Vale ressaltar que o suíno e principalmente o frango foram alternativas de substituição da carne bovina devido ao alto valor que essa carne teve no mercado neste período.
As carcaças mais leves mostram momentos de alta procura destes animais pelo mercado consumidor, ou seja, é comercializada antes do tempo, com alta pressão de compra. Os números de carcaça bovina tiveram uma redução de 6,5% no 4º trimestre comparado com o mesmo período de 2019 e os de suínos, uma redução de 7,8% comparados com o 3º trimestre de 2020. O frango aumentou o peso de carcaça tanto no 4º trimestre compara do com o mesmo período de 2019 quanto comparado com o terceiro trimestre de 2020, 5,5 % e 2,5% respectivamente.
Quanto ao leite cru adquirido e industrializado, o aumento ocorreu tanto em relação ao mesmo período de 2019 e também quando comparado com o 3º trimestre de 2020, na ordem de 0,6 % e 4,1% respectivamente. A produção no 4º trimestre foi de 6,7 bilhões de litros adquirido e industrializado. Estes números podem estar correlacionados com a volta das atividades econômicas do país durante a pandemia e com o baixo valor do produto.
A aquisição do couro cru também caiu comparado com 4º trimestre de 2019 e com o 3º trimestre de 2020 em 4,1% e 1,4% respectivamente. A produção atingiu 7,5 milhões de unidades tanto para o cru quanto para o curtido. Estes números mostram que o setor reagiu bem frente à crise da pandemia, momento no qual o consumo de itens de vestuário caiu consideravelmente. Já a produção de ovos recuou no 4º trimestre quando comparada com mesmo período de 2019 e também ao 3º trimestre de 2020, os valores foram 1,5% e 3,4% mais baixos, respectivamente. Dado que o milho e o farelo de soja tiveram altos reajustes nos preços e representam 80% do custo total da atividade, isso pode ter sido a causa da diminuição da produção.
Fonte: IFAG