José Mário Schreiner-presidente do Sistema Faeg/Senar e deputado federal
No dia 28 de maio, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) completou 70 anos. Antes de citar fatos que traduzem sua relevância, ressalto o meu orgulho em ser parte dessa história. Destaco o empenho de pecuaristas e agricultores que, como eu, somam esforços para transformar o chão goiano em líder na produção de alimentos.
Creio que esse orgulho está ativo no coração dos familiares de Joaquim Câmara Filho - fundador da Fareg (Fundação das Associações Rurais do Estado de Goiás), em 1951 -, de produtores rurais, dirigentes sindicais e profissionais presentes nas sete décadas de lutas capitaneadas pela Faeg para elevar Goiás a expoente na pecuária e celeiro de grãos.
Em 1950, a soja era uma curiosidade no Brasil e só 2% das propriedades possuíam máquinas agrícolas. O campo não tinha plantadeiras e colheitadeiras. Zero GPS. A lida do pecuarista se dava aos moldes das modas de viola de Tião Carreiro. Por isso, ao resgatar essa trajetória, enalteço o espírito combativo que sempre norteou a Casa do Produtor.
São 20 anos na linha de frente de uma instituição de respeito que alicerça a defesa dos interesses e direitos de quem faz a agropecuária dar certo, cuja confiança me conduziu à Câmara dos Deputados.
A Faeg e seus parceiros - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, sindicatos rurais, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária (Ifag) construíram um legado sólido.
São 670 mil trabalhadores capacitados pelo Senar Goiás; 516 mil atendimentos médicos gratuitos e ações de cidadania levadas à população rural; assistência técnica para 4,4 mil pequenos produtores de leite; sanção da lei que permite a venda interestadual de produtos artesanais de origem animal; redução da criminalidade do campo com o Patrulhamento Rural Georreferenciado; 2,5 milhões de beneficiados pela inserção do Programa Agrinho nas escolas.
Pensando no futuro, criamos o Campo Lab - hub de inovação com soluções digitais para o agro - e o Faeg Jovem. Sem esquecer o Rodopontes, programa inédito que já viabilizou R$ 6,5 milhões doados à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes, para elaboração de projetos rodoviários para escoar a produção.
Evoluímos de importadores de matérias-primas para protagonistas do agro. E mais faremos para vencer outros desafios: logística, conectividade no campo e sucessão familiar.
Somos uma Faeg forte que coopera com o futuro da nação que alimenta o mundo. E sigo orgulhoso em liderar essa instituição à altura da força do homem do campo.