O setor agropecuário acompanhou a boa onda de empregos no Brasil e ajudou o país a retomar o saldo positivo de trabalho no mês de abril. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (16) mostram que o campo fechou o mês com saldo positivo de 14.648 empregos, o segundo mais alto entre todas as atividades econômicas. O quadro é liderado por serviços, com 24.712 empregos. Goiás também obteve o melhor resultado para o mês de abril desde o ano de 2014, com saldo positivo de 7.170 empregos.
No acumulado dos primeiros meses do ano (janeiro a abril) o saldo positivo do estado chegou a 25.421 empregos. Já nos últimos 12 meses (março/16 a abril/17) o saldo permaneceu negativo, em - 8.170 empregos, impactado ainda pela crise em 2016. “Estes números de 2017 trazem um certo alento em meio a superação da crise, demonstrando que a atividade econômica volta a dar sinais de melhora, ampliando a oferta de empregos”, aponta o consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cristiano Palavro.
Entre os setores, o maior saldo de abril em Goiás foi da indústria de transformação (+2.489), seguindo pela agropecuária (+2.232), construção civil (+1.632) e de serviços (+1.171). O pior resultado foi do comércio, com saldo negativo de - 805 empregos. “A agropecuária segue como carro chefe na recuperação do estoque de empregos no estado, com saldo positivo de mais de 9.057 empregos, seguido pelos serviços (+8.049) e a indústria de transformação (+6.635)”, destaca Palavro.
Nível nacional
Ao todo, o país teve no quarto mês do ano o melhor desempenho desde 2014, ao registrar saldo de 59.856 contratações. O resultado da agropecuária também é o melhor desde 2014, quando o saldo de abril ficou positivo em 20.859. No ano passado, o saldo de contratações e demissões ficou positivo em 4.181 postos de trabalho no mesmo mês.
Os segmentos que impulsionaram a geração de empregos no campo foram o sucroenergético e o de café, já que em abril se dá o início da colheita de cana-de-açúcar e do grão, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.
Fonte: Globo Rural, com informações da Faeg
Foto: Larissa Melo