A Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) divulgou nesta
quinta-feira (08/07) o 10º levantamento de estimativa da safra 2020/21. A
novidade é a elevação de 4,2% da
produção de feijão irrigado em Goiás, ou o chamado, feijão 3ª safra.
No estado, a colheita dessa modalidade de plantio segue trabalhando intensamente, principalmente na região do Vale do Araguaia, onde boas produtividades são registradas. Assim, mesmo com uma área estável frente ao ano passado, as produtividades têm sido melhores resultando em um crescimento de produção.
No entanto, o ponto negativo ficou por conta do trigo e do girassol, que registraram corte na perspectiva de produção. Tal cenário é reflexo das condições climáticas adversas pela qual tais culturas passaram devido à falta de chuvas.
“Em relação ao ano anterior, foi registrada uma redução na estimativa de produção do girassol de 17,9% e 36,5% na produção de trigo. No caso do cereal, apesar de uma boa parte da produção ser irrigada, há ainda consideráveis áreas no cultivo sequeiro, e estas que sofreram com a falta de chuvas”, explica Leonardo Machado, coordenador institucional do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).
A produção goiana deverá alcançar 24,7 milhões de toneladas, queda de 10,3%, ou 2,8 milhões de toneladas, em relação à safra passada. Tal número se deve à elevada quebra da produção de milho 2ª safra que a Conab estima em 30%. Também motivada pela falta de chuva.
No país, a estimativa da Conab para a colheita de grãos na safra 2020/2021 é de 260,8 milhões de toneladas. A previsão anterior era de 262,1 milhões de toneladas. A redução se deve ao plantio tardio de milho segunda safra que trouxe impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período.
Apesar de uma safra menor, não é possível afirmar que os preços ficarão ainda mais altos. “O preço já vem elevado devido fatores de oferta e demanda internacional e câmbio. O mercado já estava precificando essa redução”, lembra Leonardo Machado.
A área plantada com cereais, fibras e oleaginosas em Goiás deverá alcançar 6,19 milhões de hectares, crescimento 1,9% em relação à safra passada.
Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag