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Anel Viário da Região Metropolitana de Goiânia, uma obra extremamente necessária

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É sabido que o domínio do sistema viário nas grandes Regiões Metropolitanas é um grande desafio para o gestor público. Cada vez mais veículos circulam pela malha viária, porém, os investimentos na infraestrutura nestes locais não têm acontecido na mesma proporção, tornando esse domínio cada vez mais difícil. Em especial, na Região Metropolitana de Goiânia, o qual enfrenta um crescimento acelerado no número de veículos em circulação e do setor de transporte viário, trazendo frequentes congestionamentos e imensuráveis transtornos à população. Com o passar do tempo, essa região desenvolveu um fluxo intenso de veículos de transporte logístico, majorando a quantidade de automóveis, em especial Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Podemos estimar hoje, praticamente, um habitante por automóvel na região da grande Goiânia, já que segundo dados do último censo do IBGE em 2010 essa relação era de 1,5, causando uma verdadeira desordem no tráfego.

Para solucionar parte desse problema, são necessárias intervenções radicais no sistema viário regional, como a construção de anéis viários, que dão maior fluidez no trânsito que atormenta o cidadão, motoristas, motociclistas e pedestres, funcionando como uma válvula de escape. Tal contorno, evitaria que os veículos visitantes, que não tem origem ou destino na região Metropolitana de Goiânia, usem o sistema viário local. A proposta do anel viário é harmonizar as rotas alternativas, conduzindo parte do tráfego para circulação em sentido anelar, especialmente nas circulações de média e de longa distância. Isso aliviará as vias radiais, contribuindo na distribuição e na organização do fluxo de veículos.

A distribuição de mercadorias em centros urbanos pressupõe o fluxo em grande escala de bens de consumo, correspondências, resíduos, entre outros. Além disso, a atividade engloba também a operação de carga e descarga, armazenamento e condicionamento das mercadorias, exigindo ainda um maior uso do espaço urbano, como é o caso do Distrito Industrial de Aparecida de Goiânia.


Obviamente visando a mitigar os problemas de congestionamento e segurança relativos ao excesso de veículos, principalmente os de cargas, que obrigatoriamente cruzam essas áreas urbanas, foi proposto, há muitos anos, um anel viário de forma a oferecer uma alternativa externa.

Justificativas para a execução dessa obra não faltam, porém, não tivemos, ao longo desses anos, avanços consideráveis. Para se ter uma ideia, o projeto inicial foi elaborado em 1996, ou seja, há 25 anos, período em que se arrastam as discussões sobre o assunto. São necessárias ações concretas e urgentes para tornar essa obra realidade e dar solução real ao problema de anos nessa região.


A situação hoje é de urgência de novos planos para um trânsito que, há muito tempo, vive situação de colapso em qualquer horário do dia.

O Ministério da Infraestrutura do Governo Federal, tem se mostrado sensível ao problema na pessoa de seu Ministro Tarcísio Gomes de Freitas, quanto estabeleceu o programa de concessão de um trecho da BR-060/364/452. Por outro lado, temos a preocupação relacionada ao processo de relicitação, que depende muito das tratativas com a concessionária que atua no trecho.

A obra é estritamente de responsabilidade do Governo Federal, porém, há uma contribuição do Governo do Estado de Goiás, na pessoa do Governador Ronaldo Caiado para destravar a questão, além do apoio das próprias prefeituras municipais. Outro ponto diz respeito às questões técnicas, cujo traçado proposto pela GOINFRA – Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte de Goiás – prevê o crescimento de transportes em toda a região metropolitana de Goiânia.

O valor da obra atualmente supera R$ 1 bilhão, o que justifica uma parceria com a iniciativa privada. É uma obra que impactará a mobilidade de pelo menos 21 municípios, entre eles, cidades circunvizinhas como Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Caldazinha, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás e Senador Canedo, que sofrem diretamente os prejuízos da morosidade da decisão.

Dados do Instituto Mauro Borges (IMB) de Goiás, demonstraram que a capital do Estado experimentou, entre os anos de 2000 e 2020, um crescimento populacional de 52%, passando de 1,7 milhão de habitantes para 2,6 milhões. Se considerarmos que 70% dos veículos deslocam-se para as zonas urbanas e que apenas 30% faz o transporte de cargas, sem um anel viário repensado, a nossa mobilidade na via tende a piorar muito nos próximos anos.

Precisamos, urgentemente, da relicitação do trecho para melhoria do fluxo empresarial e produtivo, além de reduzir o número de acidentes no trecho que traz muitas vítimas fatais.

É importante ressaltar que a urgência e a necessidade da construção desse anel viário, também se reflete no início das operações da Ferrovia Norte-Sul, já que teremos um terminal de transbordo importante no município de Goianira e que certamente terá uma implicação muito grande no quesito da mobilidade na região. O impacto será muito positivo na produção de diversos produtos, porém, haverá igual impacto na necessidade de melhorar a logística e acesso. Na falta do anel viário, certamente teremos o problema de mobilidade na região metropolitana muito agravado.

Além disso, temos a Central de Abastecimento de Goiás – CEASA – localizada próxima a uma artéria federal importante que é a BR-153 e que atualmente tem sido bastante penalizada com problemas de grande fluxo, congestionamento e acidentes. Com o crescimento da demanda por alimentos, em especial os hortifrutigranjeiros, nas grandes zonas urbanas como é o caso de Goiânia, o deslocamento do tráfego de cargas fazendo uso do anel viário será vital. Certamente o setor produtivo rural seria grandemente beneficiado, além da população como um todo, especialmente as que vivem às margens dessas grandes vias.

Articulações já foram realizadas com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), para discutir o traçado do Anel Viário da Região Metropolitana de Goiânia É preciso iniciar a obra o quanto antes e trabalharemos para isso diuturnamente, já que temos conseguido uma aproximação importante com o governo do estado e governo federal para o objetivo final: iniciar e acelerar essa obra.

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