Teve parabéns com a presença do presidente do Sistema Faeg/Senar/Ifag e deputado federal Zé Mário Schreiner, o 1º vice-presidente institucional Ailton Vilela, o superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, o presidente do Sindicato Rural de Porangatu, Carlos Donisete C. de Oliveira, além de demais integrantes da diretoria, autoridades e produtores rurais.
“Meus parabéns para todos que colaboram com a existência da federação, da nossa Faeg. Temos o compromisso de buscar o desenvolvimento do agro, de tecnificar e qualificar ao máximo os produtores rurais, para garantir mais qualidade de vida do campo à cidade”, reforça, Zé Mário.
A 5ª edição da Expopec vai até o sábado, 28/05. A programação reúne especialistas para auxiliar os pecuaristas a tomar decisões estratégicas e fazer gestão de risco na pecuária de corte, estabelecendo um paralelo entre as oportunidades no mercado nacional e internacional, inclusive com outras cadeias.
Saiba mais sobre a exposição, a seguir, no especial publicado na Revista Campo deste mês de maio.
Mais conhecimento e novas tecnologias para a pecuária goiana
A retomada dos eventos tem despertado um otimismo grande, não só pela movimentação financeira, mas por proporcionar a troca de conhecimento entre produtores rurais do Estado. É este o objetivo da 5ª edição da Exposição de Novas Tecnologias Voltadas ao Desenvolvimento da Pecuária - Expopec, que ocorre de 25 a 28 de maio, em Porangatu. Considerado um dos principais eventos do Centro-Oeste voltado para a cadeia produtiva da carne, a exposição pretende divulgar e apresentar as tecnologias direcionadas ao aprimoramento da produção de carne bovina, de aves, ovina/caprina e suína, além de discutir e apresentar o que há de mais novo no mercado nacional e internacional.
A Expopec é realizada por meio da parceria entre Sindicato Rural de Porangatu, Sistema Faeg/Senar/Ifag/Sindicatos Rurais, Sebrae Goiás, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária de Goiás (Fundepec Goiás). Em 2020, o evento foi cancelado por causa da pandemia da Covid-19 e retorna, agora, em 2022.
O presidente do Sindicato Rural de Porangatu, Carlos Donisete, afirma que a volta da feira neste ano traz uma imensa satisfação, por poder atender aos pecuaristas novamente. “Realizar a Expopec, após dois anos de pandemia, é um desafio, somado à responsabilidade de trazer as melhores tecnologias, conhecimento e informação de qualidade aos produtores rurais. Estes, por sua vez, provaram que o agro não para, mesmo diante de todos os desafios e impossibilidades. Isso traz expectativas à edição 2022. Porangatu será palco de grandes oportunidades de negociação de gado, maquinários, veículos, equipamentos rurais, e tudo com ofertas exclusivas. Nesta edição, nossa expectativa é gerar mais de R$ 130 milhões em negócios durante o evento”, informa.
Para o superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, a parceria com importantes eventos no Estado já se tornou tradição da entidade e a edição da Expopec tem tudo a ver com a missão do Senar Goiás, em levar conhecimento e capacitação aos produtores rurais goianos. “O retorno dos eventos presenciais tem mostrado que os produtores estavam ansiosos por essa troca de informação, networking e buscar conhecimento, além de fazer bons negócios. A expectativa é positiva, inclusive pelos eventos dos quais participamos recentemente com recorde de público como, por exemplo, a Tecnoshow Comigo, onde só em nosso estande registramos a presença de cerca de seis mil pessoas em cinco dias de feira. Temos certeza que a Expopec não será diferente e o Senar Goiás, em mais um ano, comemora a parceria no evento”, comenta.
Apresentação
Segundo os organizadores, a Expopec é de grande relevância para os produtores rurais porque é a oportunidade de aprender novas técnicas por meio de palestras, oficinas e conhecer tecnologias de última geração para aumentar a produtividade de negócios rurais. A programação, que ocorre na Arena da Pecuária, que será montada pelo Sistema Faeg/Senar e Sebrae Goiás, foi pensada para oferecer um leque de possibilidades aos participantes do evento.
Além da expectativa com a qualidade oferecida durante os quatro dias de evento, outros fatores enfrentados pelos pecuaristas, esse ano, somam para uma exposição que deve ter recorde de público. Para o consultor e instrutor do Senar Goiás, Tayrone Prado, a pecuária vive um período delicado, devido a alguns fatores, como pouco investimento em pastagem - devido aos preços de insumos -, fatores climáticos, pragas, plantas invasoras e baixo desempenho do capim. “Fatores específicos deste ano, como valor de aluguel de pastagem, em comparação ao valor de ração, alta retenção de matrizes de 2018 para cá, super safra de bezerros e o crédito rural incompatível, escasso e oportunista, são alguns dos fatores que levam o pecuarista a se preparar para permanecer no mercado”, explica.
O consultor complementa que, por isso, é importante o produtor buscar conhecimento. “Ele tem hoje muita informação e, para administrar isso melhor, precisa de conhecimento. Por exemplo, quando entrar a safra de bezerro deste ano muita gente vai se assustar. Segurar gado, pensando em preço subir, eu apostaria em no máximo 10%. A crise está no mundo todo. Temos de encarar e nos preparar para a realidade. A seca nem entrou e será implacável neste cenário. Este ano parece uma reprise de 2016/2017. Tenho certeza, quem capitalizar agora, mesmo na baixa, e tiver volumoso para a seca, vai faturar alto nesta virada de ciclo. O pecuarista precisa se preparar para administrar as informações e obter os melhores resultados em um ano desafiador”, orienta.
Para o presidente do Sistema Faeg/Senar/Ifag/Sindicatos Rurais, deputado federal Zé Mário Schreiner, o retorno dos eventos presenciais é uma oportunidade para a imersão nas soluções tecnológicas voltadas ao aprimoramento da produção agropecuária no País. “São oportunidades para fomentar discussões técnicas e científicas, com valor agregado muito grande, em que os participantes poderão conferir tudo aquilo que a ciência e a pesquisa desenvolvem a favor do setor produtivo. Permitindo o contato direto com os produtores rurais e, acima de tudo, maior interação para apresentar as soluções que contribuirão para uma maior produtividade, e com menor custo de operação aos produtores”, afirma Zé Mário.
Pecuária goiana
Dados apontam o valor da pecuária para Goiás e o crescimento na produção bovina e a geração de recursos e renda. O Brasil tem aproximadamente 200 milhões de hectares de pastagens e um rebanho aproximado de 218,2 milhões de cabeças, sendo o maior exportador de carne bovina do mundo, seguido pelos Estados Unidos, Austrália e Argentina.
Levantamento feito pelo Ifag aponta que o Goiás possui, aproximadamente, 19,4 milhões de hectares e 23,6 milhões de cabeças. O Estado movimentou, em 2021, cerca de US$ 1,3 bilhão em comercialização, se tornando o segundo maior produto de exportação e o terceiro maior exportador de carne bovina do Brasil, ficando atrás do Mato Grosso e do Estado de São Paulo.
A taxa de abate de Goiás, em 2022, está projetada para 12,7% do rebanho. Considerando o rebanho de 2,5 milhões de cabeças da região Norte, o número de animais abatidos em 2022 será de 318.389 cabeças, com faturamento próximo de R$ 1,4 bilhões. A grande produção se concentra em 17 municípios, sendo a bovinocultura de corte a atividade principal.
Além disso, o cenário vivido na região, é de que para escoar a produção se faz necessário investimentos em infraestrutura, como a que está ocorrendo na ferrovia Leste-Oeste, Ferrovia Norte-Sul (praticamente pronta), BR-153 sendo duplicada e BR-080, obras que concluídas oferecerão melhores condições para os pecuaristas. Essas construções permitem uma melhor logística na região, expansão da agricultura, investimentos e emprego para os moradores locais, aumentando a renda e os índices de desenvolvimento humano.
Por outro lado, também, a soja vem ganhando espaço na região, nos últimos dez anos, e as transformações vêm acontecendo. Com a expansão da fronteira agrícola, as áreas de pastagens continuarão sendo pressionadas pela soja, forçando os pecuaristas intensificarem cada vez mais a produção pecuária. Por isso eventos como a Expopec 2022 se tornam tão importantes, segmentando cadeias produtivas com conhecimento específico levando segurança de informação a quem produz.
Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag