Em Goiás, os produtores não estavam acostumados com o veranico em dezembro. Mas a safra 2018/19, além de trazer esse fenômeno, também trouxe um segundo veranico em janeiro.
O Gapes, um grupo de apoio de pesquisadores para produtores do sudoeste goiano, que possui uma área experimental de 120 mil hectares de soja e 80 mil hectares de milho, trabalha com algumas recomendações para que este momento possa ser enfrentado com maior tranquilidade.
Paulo Roberto Buffon, presidente do Gapes, ressalta que os produtores precisam de subsídios maiores para enfrentar as diversidades, sejam elas pragas, doenças ou mudanças climáticas.
Segundo ele, Goiás teve uma safra irregular, com início perfeito em outubro, novembro com muitas chuvas e céu encoberto, prejudicando o enraizamento e o veranico em dezembro, quando as plantas estavam em pleno estágio reprodutivo. Como as chuvas também não foram regulares, há produtores que não sofreram tanto e outros que estão há 20 dias sem chuvas.
Ele avalia que, nos materiais precoces, a quebra foi de 5% a 10%. Para os ciclos médios para tardios, ainda é uma incógnita - apenas no início de fevereiro será possível ter uma opinião mais concreta, mas Buffon acredita que o estado tenha uma quebra de 10%.
O Gapes prega, portanto, que as áreas tragam um mix de soluções. "Não pode escolher apenas um fator. Tem que incorporar no seu trabalho todas as lacunas para melhorar o processo produtivo", diz Buffon.
No vídeo a seguir, o relato de um produtor mostra lavouras de soja sem chuvas significativas desde o último dia 30 de dezembro, na cidade de Paraúna, Goiás.
Fonte: Notícias Agrícolas
Foto: Marcus Vinicius