A superintendência do Banco do Brasil em Goiás divulgou, na manhã desta segunda-feira (1º), que os produtores do estado terão R$ 6,5 bilhões em recursos para aplicar na safra 2013/14; volume 9% superior à safra passada. O Banco do Brasil é o agente financeiro que operacionaliza a maior parcela dos recursos destinados ao Plano Agrícola e Pecuário no país.
De acordo com o gerente de negócios do BB Goiás, João Bosco Messias alguns pontos do Plano serão alavancadores da próxima safra.
É o caso do aumento no teto dos recursos com juros de 5,5% ao ano a serem adquiridos por CPF. Na safra passada cada produtor tinha o teto de R$ 800 mil. Para a próxima safra o limite subiu para R$ 1 milhão. Produtores que tiverem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado poderão aumentar esse teto em 15%.
Dentro do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) também houve ampliação do teto de recursos para florestas comerciais; o teto saiu de R$ 1 bilhão na safra anterior para R$ 3 bilhões. Para a safra 2013/14, o Banco estima aplicar na agricultura familiar R$ 514 milhões no estado, 21,5% a mais que no ciclo passado.
Outro avanço são as linhas de crédito específicas para construção e ampliação de armazéns. A linha de crédito financia até 100% do valor do projeto, a juros de 3,5% ao ano, com prazo de 15 anos para quitar e com três anos de carência. De acordo com João Bosco, os recursos começam a ser operacionalizados neste 1º de julho. Os produtores já podem procurar suas agências e apresentar suas documentações.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, disse que esse foi um dos melhores Planos Agrícola e Pecuário já divulgado, com volumes interessantes de recursos e incentivos para áreas que precisam se desenvolver. Entretanto, afirma que ainda é preciso agilizar alguns entraves no processo de operacionalização dos recursos para evitar que cheguem às mãos dos produtores fora do prazo.