Boletim Ifag: complexo dos produtos de soja renderá quase 50 bilhões de dólares ao país

Os preços negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot) começam a semana em estabilidade. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de 104 mil toneladas de soja, o volume é da safra 2021/22 enviados para destinos não revelados. Sendo que as vendas feitas no mesmo dia, para o mesmo destino e com volume igual ou superior a 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento.

Segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou em julho 1,9 milhão de farelo de soja, sendo a maior quantidade desde junho de 2014. Assim, com a demanda externa do derivado voltando a subir, resultou para o país o aumento nos prêmios de exportações, diminuição da oferta de grandes lotes por parte das indústrias no spot nacional e avanço nos preços internos tanto do farelo quanto do grão.

A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), anunciou que o complexo de produtos (soja, farelo e óleo) deverá render ao país um recorde de 49,4 bilhões de dólares em 2021.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot), a semana começou com perdas nos preços internacionais de milho. As colheitas do grão na região Centro-Sul seguem avançando, entretanto atrasadas em relação a esse mesmo período do ano passado. De acordo com um levantamento feito pela AgRural, na quinta-feira a colheita do milho de segunda safra de 2021 chegou a 58% da área cultivada. Esse atraso é justificado pela umidade ainda presente nos grãos devido às geadas.

A Secretária de Comércio Exterior (Secex), divulgou que as exportações brasileiras de milho seguem em velocidade lenta em comparação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações de milho não moído, seguem aumentando, foram de 20 mil toneladas, nesta primeira semana de Agosto.

Na Bolsa Brasileira (B3), a semana começou com desvalorizações nos preços futuros do milho, voltando a operar entre R$ 97 a R$ 99 reais.