Com o objetivo de inovar e garantir segurança nos sistemas produtivos, o Senar Goiás lança o treinamento Produção de Energia Solar. “O campo busca inovação e essa tecnologia é o que as propriedades procuram por se tratar de uma tendência que veio para ficar. Como somos um país tropical, não poderíamos ficar de fora” explica o coordenador técnico do Senar Goiás, Marcelo Penha.
Ele acrescenta que o custo de produção é uma barreira a ser rompida. “Se uma bomba de água na produção de leite gasta R$200,00 por mês em energia elétrica, e o produtor conseguir bombear só com energia solar, ele deixará de ter um desembolso no mês. Isso significaria um custo menor de R$2400 ao ano, podendo investir em adubação” exemplifica.
Todos os interessados que queiram contribuir com a difusão da técnica no campo, como produtores e trabalhadores rurais, prestadores de serviço, como técnicos em eletricidade, podem participar do treinamento que possui 12 vagas e carga horária de 24 horas. Os primeiros municípios que receberam a capacitação, em novembro, foram Rio Verde e Alto Horizonte. Os participantes puderam conferir um conteúdo programático voltado para a segurança no uso e manuseio da energia elétrica segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), produção de energia solar e os tipos de redes elétricas, dimensionamento de peças elétricas como inversores, condutores e disjuntores, quadro de comando geral e circuito elétrico e aterramento de diversos componentes elétricos.
A tecnologia é bem-vinda ao Brasil, segundo Penha, pois o País recebe uma das maiores concentrações de raios solares. “É uma energia renovável, limpa e sem impacto ambiental que auxilia os outros sistemas de produção a manter a constância na distribuição, garantindo os sistemas produtivos e o bem-estar das pessoas” afirma. Ele explica que o maior consumo de energia ocorre no período diurno, momento de maior intensidade luminosa que pode ser convertida em energia solar fotovoltaica, ajudando na produção em um momento crítico de consumo.
“De acordo com a Aneel, de 2012 a 2019 foram investidos algo próximo a R$ 6 milhões em instalações dessa tecnologia no Brasil. Tem uma corrida grande por parte dos maiores países produtores em instalações dessa tecnologia porque querem reduzir os gases emitidos na atmosfera. O número de instalações vem crescendo de forma acentuada e representa um salto significativo de potência instalada que vai de 184 MW para 502 MW”, analisa o coordenador técnico. O município que se interessar pelo treinamento basta procurar o Sindicato Rural e solicitar a participação ou entrar em contato com o Senar Goiás pelos telefones: (62) 3412-2700 e 98333-0300 (Canal de Comunicação com o produtor rural).