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CNA reforça necessidade de prorrogação de financiamento aos produtores

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O documento traz as resoluções publicadas pelo Banco Central e diz que determinados bancos não estão cumprindo normas para prorrogar dívidas dos produtores

A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados e as entidades do Conselho do Agro apresentaram ao governo na segunda, 18, um plano com uma série de ações emergenciais e estruturantes para alavancar o setor agropecuário e minimizar os efeitos da pandemia do coronavírus na economia.

O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou o documento “Agro: opção de alavancagem da economia brasileira” que faz um diagnóstico da situação atual mostrando queda na renda devido à crise do Covid-19 e ao clima em algumas regiões, alta dos custos de produção, falta de liquidez e dificuldade de acesso ao crédito.

O documento traz as resoluções publicadas pelo Banco Central para prorrogar financiamentos e reduzir a burocracia e diz que determinados bancos não estão cumprindo normas para prorrogar dívidas dos produtores, que é preciso dar efetividade às resoluções 4.801 e 4.802, facilitar acesso ao crédito, auxiliar os setores que estão em situação mais crítica, entre outras medidas.

Na agenda estruturante, o documento traz quatro pontos principais: 1. redução da taxa de juros do crédito rural; 2. desburocratizar e reduzir os “custos de observância”; 3. aumentar o funding de financiamento para a agropecuária e 4. crédito e seguro rural.

Sobre crédito e seguro rural, Bruno Lucchi expôs aos representantes do governo a necessidade de combater de forma rigorosa a venda casada e defendeu maior volume de recursos para a subvenção ao seguro, assim como a previsibilidade na execução orçamentária dos recursos para os instrumentos de gestão de riscos.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou um panorama econômico dos países emergentes neste período de pandemia e falou sobre medidas tomadas pelo governo para ajudar a economia em tempos de crise. Campos Neto reconheceu a importância do agro para a economia e disse que algumas propostas apresentadas estão em estudo no governo. Ele ressaltou ainda a importância do credito, de forma geral, chegar a quem precisa.

Já o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, falou sobre a situação fiscal do Brasil na atualidade e relatou os esforços do governo para minimizar os riscos da pandemia para os setores da economia.

Tereza Cristina, uma das idealizadoras da reunião, destacou a importância do diálogo entre setor produtivo e o governo, e entre a equipe econômica, o Ministério da Agricultura e as entidades para valorizar o setor.

O presidente da CNA, João Martins, defendeu a modernização do sistema bancário, com mais avanços tecnológicos, menos burocracia para o produtor, e a redução das taxas de juros para o setor agropecuário acompanhando o comportamento da taxa Selic, atualmente em 3%, com projeções para chegar a 2,5% no fim do ano.

No encontro por videoconferência, os presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estado e das entidades do Conselho do Agro relataram as dificuldades vividas pelos produtores neste período de pandemia.

Também acompanharam a videoconferência o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, e o consultor da CNA, Nilson Leitão.

Notícia: Canal Rural

Imagem: Divulgação

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