AJUDA
O seu próximo passo no campo goiano começa agora! Conheça todas as possibilidades que o Sistema FAEG oferece a você:

Comissão de grãos da Faeg discute vazio de soja

Imagem

2014-05-15 cereaisMichelle Rabelo

Com a intenção de debater problemas enfrentados por quem vive da plantação de grãos em Goiás, produtores e representantes do setor, como a Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), os Sindicatos Rurais (SR) e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) se reuniram nesta quarta-feira (14). Compuseram a pauta de discussões temas como o cultivo do milho com tecnologia BT, o vazio sanitário da soja, o plantio do grão na safrinha e a contratação do seguro rural.

Um trabalho de conscientização juntos aos produtores, a realização de reuniões periódicas com representantes do setor, avaliação a fundo do modelo agrícola do estado da Bahia – que é diferente de todos os outros estados brasileiros devido ao clima -, a criação de um modelo específico para o Centro-Oeste e discussão dos preços futuros do milho BT, foram algumas das sugestões dadas pelos participantes durante toda a manhã.

Comissão técnica

O encontro tratou também sobre as características da agricultura goiana e do posicionamento dos produtores diante das especificidades de Goiás. Ao final da reunião ficou definido que uma comissão técnica irá se reunir nos próximos dias para organizar o debate sobre a agricultura tropical. Eles irão definir a programação, nomes de palestrantes, data e local para realização de um fórum.

Segundo o presidente do Sindicato Rural (SR) de Cristalina, Alécio Maróstica, é preciso pensar, com urgência, onde os produtores goianos querem chegar e como pretendem caminhar para isso. “Aqui são aplicadas técnicas desenvolvidas no Rio Grande do Sul. Nosso modelo agrícola não adianta mais”, destacou.

2014-05-15 graosPara o presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Faeg, Flávio Faedo, encontros como o desta quarta-feira são fundamentais para que o governo federal conheça as dificuldades do campo. “Por meio dos Sindicatos Rurais a Faeg fica sabendo o que está acontecendo no meio rural e pode repassar as demandas para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)”, pontuou, ao agradecer as presenças e o empenho das empresas de tecnologias e sementes, como a Pioneer e a Monsanto.

Milho BT

Sobre a utilização das tecnologias BT na cultura do milho, os produtores alegam que grande destas tecnologias não tem garantido um controle satisfatório. Faedo comentou que o descontentamento é geral. “O grande problema é que os produtores pagam caro pela tecnologia e acabam tendo que fazer um controle complementar com inseticidas, aumentando seus custos de produção”.

Foi consenso entre as empresas que fornecem esta tecnologia e os produtores rurais, que o agravamento deste problema se deu pela falta de adoção de medidas de mitigação dos riscos de resistência, como a implementação de áreas de refúgio. Para o consultor técnico do Senar Goiás para área de cereais, fibras e oleaginosas, Cristiano Palavro, novos estudos sobre esta prática, além de um forte plano de divulgação, é extremamente necessário, já que, apesar de não ser a única forma de controle de resistência, o refúgio estruturado é a principal delas.

Safrinha

O cultivo da safrinha da soja também foi debatido durante o encontro. A prática foi classificada como um erro técnico e a Agrodefesa também se posicionou de maneira contrária, alegando que o cultivo não apresenta viabilidade técnica e econômica. Os produtores concordaram e foi consenso entre todos os presentes que o cultivo do grão na safrinha deve ser proibido. A sugestão do órgão é que seja definido um calendário de cultivo e que o plantio da soja aconteça entre os dias 1º de outubro e 31 de dezembro.

2014-05-15 comissaoVazio Sanitário

Sobre o vazio sanitário da soja, a discussão abordou a questão das áreas de pesquisa e produção de sementes genéticas, nas quais a planta é cultivada mesmo quando os produtores estão proibidos de fazê-lo. Segundo a Agrodefesa, em Goiás existem 450 hectares experimentais, sendo que 120 são destinados para pesquisa e 330 para cultivo de sementes genéticas.

Os produtores da região de Rio Verde alegam que a prática gerou grandes prejuízos às lavouras vizinhas das áreas de pesquisa devido a entrada precoce da ferrugem asiática. Eles alegam ainda que os prejuízos têm relação com a perda de eficiência dos fungicidas disponíveis no mercado. “A pesquisa é necessária por isso as áreas não podem ser destruídas. Porém, precisamos encontrar uma maneira de conciliar as duas coisas. Uma das saídas seria definir locais específicos destinados a pesquisa e avanço de gerações de cultivares em melhoramento”, disse o vice presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz.

Áreas de atuação

Veja também

ProArte:

Notícia

ProArte: Senar oferece programa gratuito para ajudar produtores artesanais

Desafio

Desafio AgroStartup 2024: veja os vencedores da maior maratona de startups do agro no Brasil

400

Notícia

400 pessoas participam de Dia de Campo, do Senar Goiás, em fazenda caso de sucesso de pecuária leiteira

Imagem