Na manhã desta quinta-feira (10) a Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) divulgou o 9º levantamento da safra de grãos no Brasil. Este é um levantamento muito esperado, visto que apresentaria os primeiros números da quebra do milho safrinha no Brasil.
Em relação à safra nacional, a produção de milho 2ª safra foi estimada em 96,4 milhões de toneladas, redução de 12% em relação ao levantamento do mês anterior, ou seja, menos 9,8 milhões de toneladas. Considerando que há um crescimento de 8,4% na área plantada, em relação à safra passada, a quebra da produção está estimada em 15%.
Em relação a produção goiana, a redução na estimativa de produção do milho safrinha está em 26% quando da comparação com a perspectiva do mês passado. Este percentual representa 2,6 milhões de toneladas a menos. Com estes números, a quebra na produção de Goiás é estimada em 30%.
Todos estes dados são reflexos do atraso no plantio dessa modalidade de plantio, somado a estiagem por que grande parte da área com o cereal passa nos meses de abril e maio.
Mesmo diante deste número a safra brasileira deverá registrar números recordes, com 262 milhões de toneladas, ou 2% a mais que na safra passada. Tal valor tem como principal motivador o aumento de 11 milhões de toneladas de soja nacional.
Em Goiás, no entanto, a produção de cereais, fibras e oleaginosas será 10,5% menor que a safra passada, mesmo diante de um crescimento de 1,8% da área plantada, que é estimada em 6,2 milhões de toneladas.
O resultado positivo fica por conta do trigo. A safra brasileira de 2021 deverá 11,3% maior em comparação ao ano anterior, com ganho de 708 mil toneladas, sendo estimada em 6,9 milhões de toneladas.
Em Goiás o crescimento surpreende, com um avanço de 142%. A safra de trigo de Goiás deve alcançar 224 mil toneladas. Com este resultado, Goiás assume a 5ª posição entre os estados brasileiros produtores do cereal, ultrapassando o estado de Minas Gerais.
Comunicação Sistema Faeg/Ifag