A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte (Cnbc) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na última quarta-feira (7), reunião extraordinária para avaliar as consequências à pecuária brasileira da delação premiada dos executivos da JBS na Operação Lava Jato. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, esteve presente na reunião.
O presidente da Cnbc, Antônio Pitangui de Salvo, após mais de quatro horas de debates, informou que foi apresentado um diagnóstico inicial dos impactos da delação no comportamento dos mercados interno e externo da carne bovina do país.
“Esse foi o primeiro passo. A CNA encaminhará sua avaliação para todas as federações estaduais de agricultura e pecuária, pontuando as consequências de uma possível não continuidade das operações da JBS no Brasil”, afirmou Antônio de Salvo.
A especialista em análise de risco de mercado, da Consultoria Agrifatto, Risco e Decisão, Lygia Pimentel, fez uma avaliação inicial sobre a situação da JBS, após a delação premiada de seus executivos.
Para a consultora, a “crise provocada pela delação aumenta o risco de mercado, induz o pecuarista a tentar vender sua produção à vista, e acaba provocando elevação do custo das operações financeiras”.
Segundo Antônio de Salvo, a cadeia produtiva de carne bovina é muito forte, mas não anda sozinha, “será preciso continuar e fortalecer a aproximação com a indústria”.
Também participaram da reunião o presidenteda Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, e o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Ferreira.
Texto e foto: Assessoria de comunicação da CNA