2500 pessoas ligadas ao agro lotaram o Centro de convenções da PUC, no Jardim Mariliza, em Goiânia, durante dia de imersão em conhecimento
Foram mais de 50 caravanas vindas de todo o estado. Ao som da viola e do berrante, a tecnologia exemplificada por um robô gigante, se uniu a dupla de cantores sertanejos que representavam o campo. A apresentação mostrou que não é preciso competição entre o rural e a cidade. É a parceria que possibilita o crescimento de todos. Em meio a luzes e pulseiras que acenderam no braço de cada um dos 2.500 participantes, foi concluída a abertura do Congresso de Lideranças do Agro em Goiás. Logo após subiu ao palco, o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner.
“Esse evento que também faz parte das comemorações dos 30 anos do Senar Goiás, foi pensado para continuar o nosso fortalecimento das ações do Sistema Faeg, junto aos sindicatos, das lideranças rurais, dos nossos instrutores, técnicos de campo e para que isso chegue aos produtores de todo o nosso estado. O agro não se faz só com o grande produtor. Mas com quem também planta alface, cria galinhas por exemplo. E isso independente do tamanho da produção, seja ela grande ou pequena. É por isso que temos que ser multiplicadores de informações para que todos tenham consciência do seu valor e tenham meios para crescer”, explicou.
Após a fala de autoridades foi a hora dos congressistas aprenderem com o psicólogo e palestrante internacional, Rossandro Klinjey, a como "sair fora da caixa, pensando além do óbvio".
“Me sinto muito honrado em participar de um evento como esse voltado para o agro. Eu não sei detalhes do trabalho de cada um de vocês, mas sei que vocês são responsáveis pela comida que eu tenho na mesa. E aqui nós vamos aprender a reconhecer quais são nossas maiores dificuldades? O que faz que nós sejamos nosso maior inimigo durante as tentativas de atingir nossas conquistas?” Seguiu ele diante do público atento.
Na parte da tarde, Paulo Herman, ex-presidente da John Deere no Brasil, trouxe o tema: o agro Brasileiro: tendências, desafios e oportunidades. Depois de fazer uma ampla explanação, ele destacou a importância de instituições como o Senar Goiás. "Você pode perguntar para qualquer pessoa que está terminando a faculdade de agronomia, veterinária, qualquer uma dessas voltadas para o setor do agronegócio. Dificilmente alguém vai saber pilotar um drone, a entender o funcionamento prático de uma máquina. Hoje o mercado pede pessoas que passam por esse tipo de qualificação, a mais próxima possível da realidade de trabalho", exemplificou.
Encerrando o congresso, Leo Chaves, subiu ao palco com a palestra "A grande arte de liderar". Na apresentação, o cantor, que fazia dupla com o irmão Victor, usa a experiência de 15 anos cantando em bares, até chegar ao sucesso e depois os desafios de permanecer no mercado, após o fim da dupla com o irmão. Ele também fala da necessidade de reinvenção, citando a entrada no segmento de educação e palestras. A apresentação teve interação com a plateia que participou compartilhando experiências e em seguida pedindo sucessos, como Fada, Borboletas, Deus e eu no sertão. "É muito bom falar para um público como esse. Muitos aqui me acompanham, mas com todos eu tenho um vínculo além da música, a minha raiz é rural. Tenho muitas experiências para dividir, mas claro, as músicas fazem parte desse momento", conta.
Os participantes do congresso saíram agradecidos diante da estrutura preparada para levar qualificação, interação e conhecimento. "Eu achei tudo incrível. É preciso ter mais dias assim e para que cada vez mais pessoas tenham acesso a vários tipos de informação. Com certeza sairei uma pessoa melhor do que cheguei e isso vai refletir em todos que eu lido na minha fazenda, com meus vizinhos e na minha região", afirmou a produtora rural, Ana Florência Silva.
Fotos: Fredox Carvalho
Comunicação Sistema Faeg/Senar