A Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) se reuniu, nesta segunda-feira (04), na sede da entidade, com membros de sindicatos rurais, produtores e outras entidades para discutir sobre os decretos que preveem o aumento e criação de taxas da Agrodefesa, publicados em maio e agosto deste ano. Na ocasião, foi sugerido o encaminhamento de documento, ao governador Marconi Perillo, solicitando a suspensão dos decretos, que impactam de maneira significativa o setor rural.
O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, entende que a defesa animal e vegetal são de extrema importância e fundamental para garantir a segurança alimentar e comercialização dos produtos agropecuários. “No entanto, a simples criação e aumento de taxas não vão resolver o problema da Agrodefesa e do setor rural.”
José Mário lembra que, em 2012, a Faeg discutiu exaustivamente essas questões e conseguiu que fosse retirado de pauta, na Assembleia Legislativa de Goiás, o projeto de lei que previa o aumento e criações de novas taxas. “O próprio governador, Marconi Perillo, esteve presente em uma reunião na Faeg, e determinou a criação de um grupo de trabalho para discutir a proposta do Fundo Estruturante, que tem por objetivo promover o desenvolvimento do setor rural. Iniciaram as discussões mas não fora concluído.”
Ao contrário do que se era esperado, nos meses de maio e agosto desse ano, foram publicados três decretos que permitem o aumento e criação de novas taxas da Agrodefesa. “A insatisfação no setor rural é enorme. A FAEG não concorda e não aceita mais essa taxação do setor agropecuário. Um Setor que traz riquezas, renda e desenvolvimento para o Estado e não pode mais uma vez ser onerado por isso. Nesse sentido, nossa classe se reuniu e discutiu sobre o encaminhamento desse documento ao governador, solicitando a suspensão dos decretos, até que seja concluído as discussões sobre o Projeto Estruturante para Goiás”, diz José Mário.
Ele destaca que a proposta da Faeg é discutir a criação de um Fundo Estruturante que possa auxiliar no trabalho da Agrodefesa e também incentivar o setor de pesquisas, extensão rural, capacitação de mão-de-obra e fomento das atividades agropecuárias.