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Crise do setor sucroalcooleiro é discutida em reunião com CNA

Fabiana Sommer, de Rio Verde

2014-04-10-reuniãocanaA Comissão de cana-de-açúcar e bioenergia da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) se reuniu, na tarde da última quinta-feira (10) no stand da Tecnoshow 2014. A reunião contou com a participação de produtores de várias regiões do Estado e tinha como objetivo discutir os problemas que envolvem a produção como o aumento de custos frente ao faturamento.

A reunião teve início com o presidente da Comissão de cana-de-açúcar da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Enio Jaime Fernandes, que é também diretor do Sindicato Rural de Rio Verde. Ele enfatizou que o cenário não é positivo e que o mais importante é que os produtores dialoguem juntamente com a Faeg, Sindicatos Rurais e associações e busquem soluções conjuntas e não isoladamente.

“A situação está complicada uma vez que os custos estão maiores que os faturamentos, por isso a saída é investir na gestão, esta é a palavra do momento. Temos que focar na redução de custos e aumento da eficiência”, completou Fernandes.

Assessor técnico da Faeg para a área de Cana, Alexandro Alves apresentou um panorama apontando que no Centro-Sul as usinas estão endividadas e sem perspectivas de expansão. Isso, há dois meses do início da safra, que novamente está com atraso. Além disso, o faturamento do setor na safra 13/14 deve fechar em R$ 70 bilhões, quase a soma das dívidas do setor, hoje estimada em R$ 60 milhões.

“A situação financeira é caótica, recuperações judiciais vão se avolumar nos próximos dois anos, assim como problemas de inadimplência com produtores e arrendantes”, esclarece Alexandro. Para o assessor é fundamental que se tomem medidas urgentes uma vez que o setor enfrenta problemas de falta de competitividade, principalmente do etanol no mercado interno e perdas em decorrência do clima.

Já em Goiás, o parque industrial conta com 39 usinas, mas, entre elas, apenas 35 deverão moer na safra 14/15, quatro destas estão desativadas ou em processo de paralização das atividades e seis usinas estão com problemas de inadimplência, mas continuam com as atividades. A previsão é que uma nova usina deverá entrar em operação, esta com capacidade prevista de 3,6 milhões de toneladas.

Investimento

Os produtores participantes da reunião acreditam que é necessário que se invista em mecanismos de proteção como um seguro, por exemplo. Eles pediram ainda que as discussões sejam levadas aos órgãos máximos do sistema.

Há sete anos na atividade, Fábio de Souza Machado que possui 820 hectares no município de Inaciolândia achou a reunião muito produtiva e enfatiza que o diálogo entre todos é essencial. “Costumo sempre participar das reuniões, pois além de achar elas produtivas, sei que as trocas de informações entre produtores de regiões diferentes são de extrema relevância para que possamos tocar a atividade”, conclui Machado.

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