Assuntos sobre meio ambiente, natureza, economia solidária, ‘terapia’, prática educativa, aproximação da comunidade com as instituições, capacitação e melhoria na alimentação das famílias são a base do curso de hortas comunitárias, promovido Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Goiás – em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec).
Cerca de 19 inscritos participaram de três dias de treinamento, adquirindo informações e habilidades para trabalhar na Olericultura Básica, ou seja, no planejamento, instalação, preparo e correção do solo, produção de mudas, tratos culturais, controle de pragas, doenças e ervas espontâneas, colheita e pós-colheita de olerícolas.
O instrutor do Senar Goiás, Roberto Tosta França, explicou aos alunos que a horticultura engloba a olericultura, que corresponde ao cultivo de plantas herbáceas de ciclo curto, como alface, cenoura, tomate e beterraba. “As hortas comunitárias funcionam de modo solidário, isto é, há uma divisão de custos e mão de obra entre os participantes,” define França.
O curso realizado de segunda a quarta-feira (18 a 20), das 8 às 17h, no Paço Municipal, forneceu material didático aos participantes, certificado de formação profissionalizante, além de ser totalmente gratuito. Cumprindo uma de suas funções que é a educacional, o curso qualifica a mão-de-obra na promoção do consumo in natura. “Muitas são as finalidades da horta comunitária. Desde a preocupação com a segurança alimentar e a produção de hortaliças sem resíduos de defensivos agrícolas, até o cuidado com o meio ambiente, passando também por aquelas em que o objetivo é a redução de custos com a cesta básica. Cada vez mais é comum encontrarmos hortas comunitárias com outros objetivos, como Terapia Ocupacional, Educativas e até mesmo aquelas em que o intuito maior é ocupar lotes urbanos ou áreas públicas limpas e livres de fontes de proliferação de zoonoses, como a dengue por exemplo,” esclarece França, instrutor do Senar Goiás.
O instrutor Roberto complementa que uma das novidades que mais chama a atenção dos participantes é a construção de túneis baixos, carinhosamente chamados de “estufinha”. “Esta novidade, de baixo custo e fácil construção, permite a melhoria das condições de produção de hortaliças no período mais chuvoso do ano. Outro ponto é a construção de estaqueamento para a produção de tomates, pimentões, feijão-de-vagem, entre outras. A produção e técnicas de utilização de remédios caseiros ou homeopáticos é a prática preferida entre muitos participantes,” finaliza.
Comunicação Sistema Faeg/ Senar