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De aluno do Senar Goiás a fabricante de drones de pulverização

Depois de fazer três treinamentos e ganhar experiência de mercado, Marcos Roberto inova construindo e vendendo drones à bateria e à gasolina

Era com a automação de casas, instalando sistemas para controlar cortinas, som, janelas e outras funcionalidades pelo celular que Marcos Roberto ganhava a vida. Na cartela de clientes, muitos fazendeiros e, por ele trabalhar com tecnologia, sempre perguntavam se ele tinha conhecimento com drones. “De tanto falarem, eu acabei indo saber mais sobre esse mercado. Acabei me tornando representante de uma empresa do Espírito Santo e para isso eu tinha que conhecer os aparelhos. Me pediram que eu fizesse cursos. Como eu já tinha feito um treinamento de bovinocultura no Senar Goiás, fui atrás para saber sobre os cursos de drone. E assim fiz três: Pilotagem de drones; Uso de drones para monitoramento de áreas agropecuárias; e Uso de drone para processamento e análise de imagens na agropecuária”, conta o empreendedor.

Com os conhecimentos adquiridos nos cursos do Senar Goiás, experiência de mercado e mais estudo, depois de um tempo Marcos resolveu empreender. Passou a fabricar drones sob medida e criou uma marca própria, a Dronedeal. “Eu trabalho com drones de pulverização. A pessoa escolhe o drone com a câmera que quer, com capacidade de 5 a 50 litros, à bateria ou híbrido, sendo à bateria ou à gasolina”, explica.

Marcos destaca que os drones híbridos estão ganhando mercado por conta da maior quantidade de tempo de voo. Ele diz que é um dos pioneiros em Goiânia a fabricar esses equipamentos. “Se compararmos, o drone convencional mais vendido, da marca mais conhecida do mercado, ele tem autonomia de voo de 9 a 12 minutos. O híbrido voa mais de 40 minutos”, reforça.

O empreendedor morou oito anos nos Estados Unidos e importou a tecnologia dos drones a gasolina com a ajuda de amigos de lá. São gastos, em média, 40 dias para que o equipamento fique pronto por causa da importação de material. Os mais pedidos são os de 16 litros que custam cerca de R$ 174 mil e os de 22 litros, na casa dos R$ 200 mil, dependo da cotação do dólar. Atualmente os pedidos estão aumentando. Os aparelhos são mais encomendados por fazendeiros de soja e milho para o trabalho nas lavouras e criadores de gado para fazer o manejo em pastagens. De acordo com o fabricante, a manutenção não é cara e muitas peças de reposição já são encontradas no Brasil.

Feliz com o crescimento do negócio, Marcos reforça a importância dos treinamentos do Senar diante do uso dos equipamentos no trabalho do campo. “Para operar os drones corretamente tem que fazer um curso. Tem que entender que eles vão ocupar um espaço aéreo e é necessária ainda mais precisão se o objetivo for a aplicação de defensivos. Eu digo que o Senar Goiás foi essencial para mim. Abriu minha mente e me possibilitou uma nova profissão. Ele oferece oportunidade para quem quer fazer diferente é só aproveitar o que é ensinado e aplicar na sua realidade, no seu objetivo. Eu sou muito grato”, conclui o empresário que agora vai para um escritório maior e melhor localizado em Goiânia, diante do crescimento da demanda de produção.

Pilotagem

Um dos instrutores dos cursos de drones do Senar Goiás é Daniel Noe Coaguila Nuñez. Ele destaca que nos treinamentos “Pilotagem de drones”, “Uso de drones para monitoramento de áreas agropecuárias” e “Uso de drone para processamento e análise de imagens na agropecuária” o que mais chama a atenção dos participantes, principalmente produtores rurais, é o de pilotagem, porque o participante aprende desde a história dos drones, classificação, usos, legislação e a parte prática que tem uma duração de dois dias e vai desde a montagem do equipamento ao simulador e voo em campo.

“Assim, nos treinamentos de ‘Pilotagem de drones’ os participantes ficam com muita curiosidade e anseio de adquirir o próprio para colocar em prática tudo que foi aprendido. Também têm alunos com mais interesse na parte comercial e querem empreender no mundo dos drones, desde prestando serviço para eventos fazendo filmagens e fotos até montar lojas com drones. Pois existem equipamentos específicos para fotos, filmagem, mapeamento, para pulverizar e semeadura”, explica o instrutor.

O Senar Goiás foi pioneiro ao lançar cursos de drone com foco voltado para manejo no campo e, desde 2018, estão entre os mais procurados na instituição. Para se inscrever e ver a agenda dos próximos treinamentos procure um Sindicato Rural. “O que o Senar fornece aos participantes é um norte na vida profissional ou pessoal. Inclusive têm participantes que fizeram o treinamento como a ‘última bala’ das opções para encontrar emprego ou empreender, e com o treinamento vários conseguiram melhorar as suas vidas do ponto de vista socioeconômico”, conclui Daniel.

Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag

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