"Tão importante quanto comercializar bem é se planejar", disse Flávio França Júnior no início de sua fala durante o Seminário de Comercialização e Mercado Agrícola, em Rio Verde. Na ocasião, o palestrante convidado falou da necessidade de o produtor buscar mecanismos para se proteger. Terceira no circuito de cidades que vão receber o Seminário de Comercialização de Grãos, no município as discussões foram desde a Bolsa de Chicago até a falta de chuva que vem tirando o sono de produtores rurais goianos.
Flávio França citou o planejamento como a palavra-chave para o sucesso. “Tem muita coisa acontecendo no Brasil: governo novo, medidas novas, economia nova, a falta de chuva…é importante nos planejarmos para o novo”, disse. Ele também avaliou a importância de preparar a cabeça do produtor, mostrando para ele o que é e como encarar o mercado.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, destacou o atual modelo do seguro rural, que para ele representa um dos gargalos da agropecuária atual. “Há dez anos nós lutamos para modificar esse modelo que não nos atende como precisamos. As financiadoras só financiam a produção se o produtor fizer uma compra casada, o que é ilegal”, explicou.
José Mário fez questão de destacar que o seguro rural hoje não é feito para assegurar a lavoura. “O que observamos é um seguro que não é seguro e sim uma moeda de troca do agente financeiro”, comentou. “O que fazer diante dessa estiagem? Muito pouco. A única saída é buscar as ferramentas que temos para proteger os produtores: a principal dela é o seguro”, completou.
José Roberto Brucceli, produtor de soja e milho, destacou o nome de Flávio França como um dos motivos que o levou até o evento. Ele elogiou a iniciativa da Faeg, dizendo que a Federação vem cumprindo muito bem o seu papel. “Eventos como esse são de extrema importância porque quando nós tratamos de mercado, estamos falando de uma coisa sobre a qual não temos controle. Com informações econômicas conseguimos de certa forma montar um quebra-cabeça e acertar na hora de comercializar a produção”.