Apresentar novas tecnologias de mercado e debater os principais temas de interesse da agricultura. Esses foram os objetivos do ‘Encontro Tecnológico de Sementes’, realizado na Fazenda WB, do produtor rural Walter Celso Brandtner, mais conhecido como Walter “Bandidão”. Este ano, a sétima edição aconteceu na última terça-feira (21), reunindo produtores, parceiros, autoridades políticas e entidades ligados ao setor. Além de falar sobre as inovações tecnológicas para plantio, o ‘Dia de Campo’ também destacou temas que preocupam a cadeia como pragas e doenças.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, esteve presente no evento e destacou o trabalho modelo adotado na propriedade. “Encontros como este mostram que, na zona rural, tem muita tecnologia, muita pesquisa e muito trabalho duro”, ressaltou. Schreiner também lembrou aos presentes, a importância da agropecuária na economia. “Mesmo sem estradas, sem segurança, e com todas as dificuldades o setor agropecuário se deferência na economia de Goiás. É o Brasil que dá certo. Temos que cuidar e investir no setor para garantir o futuro da alimentação do nosso país”, disse. Na ocasião, o presidente também recebeu uma homenagem pelo relevante trabalho prestado em prol da agropecuária.
O 7° Encontro Tecnológico de Sementes saiu de uma parceria entre a WB Sementes, empresa de Walter Celso, a Produtos Agrícolas, a Pontual Agronegócios e a Adubos Araguaia. “Aqui discutimos novas tecnologias no campo, além de mostrar nossas cultivares. Este ano estamos com nove variedades de soja”, afirmou “Bandidão”. Desde 1974, o produtor mostra que vale a pena investir em sonho e dedicação, além de sempre apostar na inovação para crescer na atividade.
Sistema de plantio
A Fazenda WB trabalha com um sistema de rotação de cultura. Nesta safra foram plantados em torno de 350 hectares de feijão, 600 de milho e 1600 de soja. “Mantemos um crescimento muito bom nos últimos três anos. Atualmente colhemos em média 210 sacas por hectares. Implementamos algumas práticas de plantio, mas buscando sempre o crescimento. Isso graças a um trabalho de muita dedicação de segunda a segunda”, enfatizou.
“Bandidão” ressaltou ainda que mesmo com dados positivos e projeção de boa colheita, os produtores se sentem ameaçados. “A preocupação maior neste momento é o surgimento devastador da “cigarrinha”, que ataca a cultura do milho. Neste encontro, vamos debater possíveis soluções para diminuir o prejuízo. Temos informações que já apareceu em algumas regiões do estado”, disse.
Texto: Francis Telles / Fotos: Larissa Melo