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Especialista se diz otimista em relação ao mercado pecuário


Rodrigo Albuquerque porangatuMichelle Rabelo

Apresentando uma expectativa positiva em relação ao mercado pecuário para 2015, Rodrigo Albuquerque apresentou dados que preveem um cenário de firmeza em função da baixa oferta de animais e da alta do dólar. “2015 é um ano de altos preços e riscos”, disse o palestrante, que é médico veterinário, especialista em mercado do boi gordo e analista de mercado. Até o próximo dia 20, Rodrigo roda o estado, passando por outros seis municípios, ministrando a palestra “Cenário Econômico e Perspectivas para a Pecuária de Corte” e orientando quem vive da atividade. Depois de passar pela Cidade de Goiás, na noite desta quarta-feira (11) foi a vez do município de Porangatu, que possui um rebanho de 353.50 cabeças de gado.

A palestra integra a programação dos Encontros Regionais de Pecuária de Corte, realizados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás, o Instituto Inovar e os respectivos Sindicatos Rurais (SRs). No caso de Porangatu, os produtores foram representados pelo presidente do SR do município, Gustavo Castro Dourado, que fez questão de elogiar a iniciativa e ratificar a importância de um pecuarista bem informado. Para o produtor Welington Ferreira, eventos que ressaltam a importância da pecuária de corte para a economia goiana fomentam o desenvolvimento de regiões fortes no setor de carne, como é o caso de Porangatu.


encontropecporangatu 12Durante a noite, Rodrigo explicou que se 2014 foi denominado com o “ano da colheita”, 2015 pode ser denominado como o “ano do enigma” do boi. Em novembro de 2010 a arroba foi comercializada a R$114,48 e em 2014 o preço chegou a R$145,48. Ele explicou ainda que as fortes altas do gado gordo vieram acompanhadas da valorização dos animais de reposição. Para 2015, Rodrigo imagina que haverá uma redução do número de vacas abatidas e que a oferta de reposição do rebanho só surtirá efeito em 2016.

Segundo o analista, o mercado está em desequilíbrio de preços ao longo da cadeia e há duas formas de conseguir se equilibrar: ou a carne sobe, ou o boi cai. “2015 é um ano de altos preços e riscos de acordo com a lei da inversa proporcionalidade risco/retorno. O conjunto clima, política e economia tem exercido cada vez mais pressão na demanda do mercado interno. Temos que nos preparar”.

Concordando com Rodrigo e dando boas vindas aos produtores, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, destacou o comprometimento do SR de Porangatu e do interesse de quem vive da pecuária de corte no município. “Precisamos de gente interessada, que busque informações e tenha consciência de que aprender nunca é demais”. Schreiner fez questão de destacar a importância de eventos que discutam mercado e gestão. “Quando nós realizamos ciclos de palestras como este, em todo o estado de Goiás estamos, de uma certa forma, tentando proteger a economia goiana. Se tirarmos a pecuária de corte da economia, o Brasil já teria naufragado”.

Clóvis Ferreira

O produtor Clóvis Rezende Filho acredita que, cada vez mais, os produtores precisam ser reconhecidos. “Uma das formas de reconhecer quem contribui tanto para economia é trazendo informação. Com isso abre-se cabeça dos produtores para importância da tecnologia, do planejamento e da gestão”.

Para comprovar o bem que a pecuária faz para a economia, Rodrigo Albuquerque apresentou um resumo da atividade no ano passado. Segundo dados, foi registrada uma alta constante (durante praticamente os 12 meses do ano), interrompida somente no período da Copa do Mundo, quando a oferta de gado parou de crescer. “Houve uma leve redução na oferta de arroba de fêmeas, o que foi positivo para preço do boi. Além disso, o recorde de preços da história foi quebrado”, explicou o analista.

Rodrigo destacou ainda que neste cenário, a adoção de tecnologia será cada vez mais rápida e acentuada, em velocidade jamais vista. Além disso, ele falou sobre o poder de compra do pecuarista em relação a quase todos os insumos, da maior valorização dos animais de qualidade e da tendência de aproveitamento pleno da carcaça. “Vem coisa boa por aí”, brincou.

Desafio
O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, aproveitou a análise de mercado do boi para ressaltar a precariedade da situação econômica do país. “Temos acompanhado nos jornais a crise econômica e ficamos envergonhados, não é mesmo? Eu falo por mim, mas tenho certeza de que o desgosto é geral. Em contrapartida sinto um orgulho imenso por fazer parte de um dos únicos setores que fazem bem à economia: a agropecuária. Mesmo com essa maré de notícias ruins, nós temos conseguido fazer o Brasil continuar caminhando. Vocês são os produtores mais eficientes do mundo”, ressaltou.

O produtor Apuran Pereira, aponta a falta de união da classe como empecilho de uma eficiência ainda maior. “Eventos como o de hoje são a prova de que a união faz a força. Para que o pecuarista cresça ainda mais e gere mais lucro para a economia goiana, é preciso informação de qualidade e disposição para a mudança. “A gente precisa se qualificar e sonhar alto, mostrar para o estado a força da agropecuária”.

Apuran Pereira

Com a intenção de mostrar toda essa força, o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, fez um desafio aos produtores: “Vou lançar aqui um desafio para o norte, para Porangatu. Assim como Goiatuba tem a Tecnocana, Morrinhos tem a Tecnoleite e Rio Verde tem a Tecnoshow, Porangatu precisa se organizar para ter a Tecnocarne. Assim, vamos poder discutir e trazer à tona questões no âmbito das pastagens e melhoria dos rebanhos. Já falei com o presidente da ABCZ e ele achou fantástico. Se vocês tiverem interesse, a Faeg estará de portas abertas para ajudar”.

Natan GoianoO produtor Natan Goiano é enfático ao elogiar o desafio: “Porangatu hoje é conhecida como capital goiana do bezerro de qualidade e se conseguirmos trazer a Tecnocarne para cá será fantástico. Com certeza vai qualificar muito a nossa região”. Ele fez questão de destacar a importância do evento realizado pela Faeg. “Hoje a gente adquiriu não só o conhecimento, mas uma visão atual do mercado. O pecuarista precisa se unir para buscar cada vez mais informações. Isso faz toda diferença na hora de gerir a propriedade”.

Além de Porangatu, o circuito é composto por outros seis municípios - Nova Crixás, Posse, Caiapônia, Mineiros, Itarumã e Ipameri.

Confira datas, horários, locais e a programação dos próximos eventos:
12/03 - Nova Crixás: Parque de Exposições Agropecuárias - Rodovia Go 164 Nº 10 Qd. 01 Lt. 01
13/03 – Posse: Salão de eventos da AABB – Rua Dr. Vanderlan Antônio de Araújo nº 971 – Setor Prudêncio
17/03 – Caiapônia: Salão de Eventos do Sindicato Rural - Av. Plynio Gayer n° 448, Nova
18/03 – Mineiros: Tatersal do Parque de Exposições – Av. Ino Resende – Trevo da BR-364
19/03 – Itarumã: Parque de Exposições Agropecuárias - Rua Jataí n° 4 - Setor de Clubes
20/03 – Ipameri: Salão do Sindicato Rural - Rua José Balduíno dos Santos n° 770, Centro

Programação:
18h Recepção
19h Abertura
19h30 Palestra: Cenário Econômico e Perspectivas para a Pecuária de Corte
20h30 Painel e Debate
21h10 Encerramento

Áreas de atuação

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