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Exportação de frutas bate recorde em setembro

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A exportação de frutas em setembro alcançou o mesmo volume exportado em setembro de 1997, de 117 mil toneladas, volume recorde no mês de setembro desde o início dos registros, também em 1997.

O volume exportado nos primeiros nove meses de 2020 está 5% superior em relação ao mesmo período de 2019. Já a receita com frutas em 2020 encontra-se semelhante à de 2019, próxima a US$ 450 milhões. Com a desvalorização do Real frente ao dólar, o preço médio pago pela fruta brasileira foi pressionado e culminou na redução de 6% em 2020.

Em setembro, as exportações de manga, melão e melancia registraram crescimento de 19%, 41% e 53%, respectivamente, em relação a setembro de 2019. Após o desempenho ruim no primeiro semestre de 2020 em função da pandemia de Covid-19, as exportações dessas frutas, nos nove primeiros meses de 2020, já se igualaram aos mesmos volumes exportados no ano passado no mesmo período.

Com boa aceitação no Mercosul, as exportações de banana somaram 4,3 mil toneladas em setembro, alta de 14,4% superior na comparação com setembro de 2019.

No caso da uva, foram exportadas 3,4 mil toneladas em setembro, volume 43% superior ao mesmo mês de 2019. No entanto, o período de maior exportação da fruta é o último trimestre do ano e os produtores acreditam na ampliação dos volumes embarcados. As expectativas estão ancoradas na demanda, que permanece aquecida, na boa produtividade e na qualidade dos cultivos da Região do Vale do São Francisco.

No mercado interno, o calor vem causando prejuízos em lavouras de frutíferas, que são cultivadas em sequeiro ou estão impossibilitadas de irrigação devido ao período de seca prolongada, a exemplo de áreas de laranja que não estão atingindo o calibre demandado pelos supermercados. Por outro lado, a expectativa é que com o aumento da temperatura o consumo de frutas seja maior nas próximas semanas.

As altas temperaturas têm interferido também na produção de hortaliças. A colheita de cebola e batata no sudoeste paulista, Triângulo Mineiro e região de Cristalina (GO) foi acelerada pelas condições climáticas deste ano. No caso da batata, apesar da redução da qualidade, em função do escurecimento dos tubérculos, os preços apresentaram recuperação devido ao final da safra de inverno nas principais regiões produtoras.

Em relação ao tomate, verificou-se intensificação da maturação nas lavouras de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mesmo com a ampliação da produção, a oferta não foi suficiente para impedir a valorização do produto ao longo da semana, devido à redução da área plantada da safra de inverno e à retomada da demanda pelo fruto no food service.

Imagem: Divulgação

Comunicação CNA


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