A Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) irá solicitar novos leilões de milho ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O último leilão realizado nesta terça-feira (27) arrematou, integralmente, as 100 mil toneladas disponíveis para Goiás.
Com a oferta de mais de 200 mil toneladas, o deságio do prêmio foi de 52,5% em relação ao valor de abertura. O governo ofereceu um prêmio de R$ 1,92 por saca, mas por causa da demanda o leilão fechou com prêmio na casa de R$ 0,91 a saca. Para receber o prêmio, os produtores goianos terão de comprovar a venda do cereal no mercado por, pelo menos, R$ 17,46 a saca.
O economista e analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes explica que como os produtores ofereceram o dobro de milho a ser vendido, a bonificação foi diminuindo e muitos produtores acabaram desistindo.
Arantes afirma que Goiás ainda possui mais de cinco milhões de toneladas incluindo a 1ª e a 2ª safra, 1,4 milhão de tonelada excedente. Além disso, a safra americana começa em 45 dias e os preços devem cair novamente. “Se não tivermos um novo leilão em breve, o preço da saca cairá ainda mais e o valor do prêmio terá de ser ainda maior da próxima vez”, finalizou.
Leilão
O leilão na modalidade Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) foi realizado na última terça-feira e negociou, aproximadamente, 1,4 milhão de tonelada para Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O valor corresponde a 98% da oferta de 1,5 milhão de toneladas e garantiu R$ 68,992 mil de arrecadação para a administração federal.
O primeiro leilão foi realizado no dia 13 de agosto e teve baixa procura em Goiás. Das 100 mil toneladas que estavam previstas, 28.460 foram leiloadas. Na época, Pedro Arantes, associou a baixa procura ao pouco tempo que o produtor teve para providenciar documentação.
Fotos: Mendel Cortizo