O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner participou, na manhã desta quinta-feira (18), da abertura do I Seminário Helicoverpa Armigera em Goiás. O evento foi promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro) em parceria com a Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão, Agrodefesa e Superintendência Federal da Agricultura em Goiás (MAPA). O objetivo principal é discutir formas de combate e prevenção da praga que devastou lavouras pelo país.
Integrante da mesa de abertura do seminário, José Mário ressaltou a importância da discussão sobre as pragas e afirmou que este é apenas mais um desafio a ser enfrentado pelo setor rural. “Fico muito feliz por iniciativas como esta, é a Seagro cumprindo seu papel institucional. Estou otimista e fico cheio de esperança ao ver esta união de forças em prol do mesmo objetivo. Meus sinceros agradecimentos à Universidade Federal de Goiás (UFG), Emater, Ministério da Agricultura e à Agrodefesa”, pontuou. José Mário colocou ainda, os técnicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) à disposição da secretaria em apoio às discussões.
Na ocasião, o secretário Antônio Flávio Camilo de Lima disse que o intuito deste encontro era trazer especialistas que pudessem falar, com autoridade, sobre as medidas a serem tomadas a partir de agora. “Precisamos agir de forma conjunta e a parceria com Faeg e demais entidades é de extrema importância. Como representante dos produtores, a federação será importantíssima quando o assunto for a implementação dos cuidados”, acrescentou.
Participaram ainda da abertura, o diretor da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da UFG, Robson Maia; Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Arroz e Feijão, Luís Fernando Stone; superintendente federal da Agricultura em Goiás, Francisco Carlos de Assis e o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Antenor Nogueira.
Evento
Restrito a técnicos do setor público e da iniciativa privada, o seminário irá discutir, durante esta quinta-feira, as medidas fitossanitárias propostas pelo governo federal para o controle da praga, os resultados das ações feitas em outros Estados do País e as estratégias que estão sendo utilizadas em Goiás. Na programação estão inclusas ainda palestras sobre inimigos naturais e as novidades sobre o controle químico da lagarta.
HelicoverpaEm fase larval, os primeiros casos de Helicoverpa armigera foram registrados no início deste ano em Palmeiras de Goiás (soja), Rondonópolis (algodão) e Bahia (soja). Apenas aqui no Estado, três municípios já tiveram confirmação da praga: Goiatuba, Morrinhos e Palmeiras. Além destas cidades, outras 38 estão sob suspeita, segundo a Agrodefesa. Ela apareceu com maior intensidade nesta safra, mas pode ter sido confundida com lagartas de outras espécies.
A praga atinge mais de 180 espécies de plantas hospedeiras, podendo alimentar-se de praticamente todas as culturas de interesse econômico, como soja, milho, tomate, feijão, algodão, sorgo, hortaliças e citros. A lagarta apresenta ainda uma ampla capacidade adaptativa e reprodutiva. Uma mariposa fêmea, por exemplo, pode depositar até 1,5 mil ovos por ciclo, de forma isolada, e migrar a uma distância de até mil quilômetros, comprovando sua alta capacidade de dispersão.
Fotos: Larissa Melo