A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) participou nesta quinta-feira (3) de uma reunião de trabalho entre integrantes do Ministério Público de Goiás e representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Secima), Emater e Saneago para apresentação do trabalho de campo relativo ao Projeto Produtor de Água no Ribeirão João Leite. A reunião foi presidida pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Delson Leone Júnior, e teve ainda a participação da promotora de Justiça Sandra Garbelini, titular em Anápolis e com atuação na cidade de Ouro Verde de Goiás, município integrante do projeto e a presença da consultora técnica da Faeg, Jordana Gabril Sera.
No balanço apresentado durante a reunião, foram detalhadas as ações realizadas nas 25 propriedades rurais de Ouro Verde e Nerópolis, as duas cidades que integram o projeto no Estado. Entre as atividades feitas estão a construção e recuperação de terraços, readequação de estradas, construção de bacias de captação, preservação de vegetação nativa, cercamento e recomposição de nascentes e regeneração natural.
De acordo com Marcos Francisco Cabral, coordenador da Unidade de Gestão do Projeto Produtor de Água da Secima, é importante reconhecer e contabilizar os benefícios gerados pela conservação ambiental. Segundo apontado na reunião, um desafio a ser superado pelo projeto nos dias atuais é a falta de assistência técnica.
O coordenador de Implementação de Projetos Indutores da ANA, Devanir dos Santos, pontuou que o projeto na Bacia João Leite tem como principais beneficiados os municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Desse modo, ele requisitou auxílio ao MP-GO para que auxilie tratativas com o poder público e o setor empresarial dos municípios para apresentar o que está sendo feito e mostrar a importância do projeto.
O promotor Delson sugeriu que o projeto seja submetido ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, para aprovação e possível obtenção de recursos estaduais. Segundo afirmou, “governo tem que investir mais nesses tipos de projetos, tendo em vista que há várias bacias em Goiás com crises hídricas”. Acrescentou que vai se empenhar em tratar sobre o assunto. “O programa tem que solidificar e é isso que o MP vai trabalhar, para conseguir recursos suficientes”, asseverou.
Por fim, definiu-se pela criação um calendário de reuniões ordinárias para 2018 (bimestral).
Texto: Cristina Rosa / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO
Fotos: João Sérgio