Elevar para duas mil sacas de feijão a quantidade mínima do produto que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pode comprar do agricultor para estancar a acentuada queda nos preços da leguminosa, por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF).
Esta foi a proposta apresentada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, em audiência com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário ( MAPA), Neri Geller.
A quantidade mínima que a Conab está autorizada a comprar de cada produtor de feijão, pelas normas em vigor, é de 600 sacas de 60 Kg. Durante o encontro, o presidente da FAEG lembrou que o preço atual pago ao produtor em Goiás, pela saca de 60 Kg do feijão carioca, é de R$ 70.
Este valor está muito abaixo do preço mínimo do produto, fixado em R$ 95 no ano passado, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para reverter a queda dos preços, José Mário Schreiner solicitou que a compra do produto seja feita por AGF, mecanismo no qual o governo adquire o produto diretamente dos agricultores quando o preço de comercialização está abaixo do preço mínimo.
Neri se mostrou sensível à reivindicação da FAEG e prometeu dar encaminhamento rápido à demanda, tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelos produtores de feijão, especialmente em Goiás. O assunto, segundo prometeu a José Mário, será encaminhado com urgência para análise da Conab.
No documento que o presidente da FAEG entregou ao Secretário do MAPA é destacada a necessidade urgente de liberação de mais recursos financeiros pelo Governo, para a compra de feijão e formação de estoques reguladores do produto.
“A maioria dos produtores goianos é de médio porte e utilizam moderna tecnologia, além de elevados índices de produtividade”, assinalou José Mário. (Assessoria de Imprensa CNA)